Portugal conseguiu recomprar mais de mil milhões de dívida
Operação de aquisição de títulos que venciam nos próximos três anos acabou com sucesso. Objetivo é diminuir custos de financiamento.
© Ordem dos Economistas
Economia IGCP
O anunciado regresso português aos mercados está concluído. Numa operação de compra de títulos de longo prazo com datas de vencimento em 2017, 2018 e 2019, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública conseguiu convencer dezenas de investidores a aceitar abdicar dos títulos em troca de um reembolso que permite ao Estado reduzir os custos com juros.
No início da semana, o IGCP tinha afirmado que o montante final de recompra estaria "sujeito às condições de mercado"; no fim de contas, os cofres públicos desembolsaram 1.075 milhões de euros nos três leilões. Na linha de Obrigações do Tesouro com vencimento em 2017, foram recomprados 349 milhões de euros; nos títulos com maturidade em 2018, foram devolvidos 150 milhões de euros e na linha de OT que vence em 2019 foram readquiridos 576 milhões de euros.
Combinando a compra antecipada de títulos e as novas emissões programadas, o IGCP irá substituir dívida com juros acima dos 4% por financiamento de longo prazo mais gerível, usufruindo dos custos de emissão mais baixos que se verificam neste momento nos mercados.
"Além de reduzir as amortizações que teremos nos próximos anos e de dar um sinal ao mercado, que é importante, o objetivo terá sempre que ser o da poupança de juros", assegura o analista financeiro Filipe Silva, em comentário enviado à redação do Notícias ao Minuto. O diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa salienta que "faz sempre sentido recomprar dívida que tem um custo mais alto e tentar substitui-la por novas emissões de dívida com um juro mais baixo" e acredita que "como as taxas estão muito baixas", não deverá ser difícil converter dívida 'cara' em dívida 'barata'.
[Notícia atualizada às 12h10]
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