"Os mercados confiam outra vez em Portugal"
São difíceis de implementar politicamente, mas são as reformas que fazem com que a economia dos países cresça. A perspetiva é do presidente do Mecanismo de Estabilidade Europeu, certo de que ainda é cedo para Portugal pensar no reembolso antecipado ao FMI, como aconteceu com a Irlanda.
© Reuters
Economia Klaus Regling
“Os mercados confiam outra vez em Portugal”. Mas “a agenda não foi concluída. É preciso fazer mais”, alertou o presidente do Mecanismo de Estabilidade Europeu.
Em entrevista ao Diário Económico, Klaus Regling afirmou que “o défice orçamental português precisa de continuar a descer, não pode ficar ao nível em que está hoje, de mais de 4%”. Mas salientou que “a história da economia é clara: os países que implementaram mais reformas têm melhores perspetivas de crescimento que os outros”.
“Politicamente, costuma ser difícil implementar reformas, por isso é que normalmente vêm mais tarde do que os economistas gostariam. Mas é importante explicar à população que elas são do interesse do público em geral”, explicou, dando o exemplo da Alemanha, que já foi vista como “o doente da Europa”.
Questionado sobre a possibilidade de Portugal vir a seguir os passos da Irlanda e avançar com o reembolso antecipado de parte do empréstimo do FMI, Klaus Regling garantiu que “em princípio, é possível”, mas ainda é cedo, sendo que “quanto mais progressos o país for capaz de fazer do lado orçamental e das reformas estruturais”, mais fácil será.
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