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BCE manter taxas? "Não é boa notícia" e Marcelo revela "verdadeira razão"

Banco Central Europeu justifica decisão de manter as taxas com a inflação, mas Marcelo entende que a "verdadeira razão" é outra - e explica-a.

BCE manter taxas? "Não é boa notícia" e Marcelo revela "verdadeira razão"
Notícias ao Minuto

07:28 - 08/03/24 por Notícias ao Minuto

Economia Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, entende que a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter as taxas de juro não é uma boa notícia, apesar de esperada, e considera que o veraddeiro motivo deste compasso de espera está relacionado com as eleições. 

"Não é uma boa notícia, mas é uma notícia esperada. Embora a razão dada seja a inflação que há em alguns países pela Europa fora, penso que a verdadeira razão é outra: é a preocupação com as eleições norte-americanas e europeias, com as suas consequências na guerra e, portanto, o peso que isso pode ter na situação económica ao longo do ano de 2024. Daí o compasso de espera de mais três meses", disse Marcelo, em declarações transmitidas pela RTP3. 

Os analistas consultados pela Lusa acreditam que o Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal norte-americana vão avançar sincronizados para um corte das taxas de juro em junho, colocando a tónica no ritmo da descida.

Depois de anos com as taxas de juro em mínimos históricos, a Reserva Federal norte-americana adiantou-se ao BCE na luta contra a inflação e, em março de 2022, iniciou o fim da era de dinheiro barato ao subir as taxas, pela primeira desde 2018, em 25 pontos base.

A subida das taxas pelo BCE só ocorreu em julho de 2022, pela primeira vez em 11 anos, com um aumento de 50 pontos base.

Analistas preveem que BCE e Fed cortem taxas de juro em junho

Os analistas consultados pela Lusa acreditam que o Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal norte-americana vão avançar sincronizados para um corte das taxas de juro em junho, colocando a tónica no ritmo da descida.

Lusa | 22:15 - 07/03/2024

A diferença de calendário levou os analistas a criticarem a "demora" do BCE em agir, mas agora os dois bancos centrais poderão ficar alinhados no mês do primeiro corte, segundo a expectativa dos mercados.

O BCE e a Fed, que têm mantido inalteradas as taxas de juro nas últimas reuniões, avaliam se a inflação está controlada ao ponto de poderem começar a cortar as taxas, tornando mais barato aos consumidores e às empresas contraírem empréstimos, gastarem e investirem, e evitar uma desaceleração económica que leve a um aumento do desemprego.

Como esperado, o BCE manteve, na quinta-feira, as taxas de juro inalteradas pela quarta vez consecutiva e a presidente da instituição, Christine Lagarde, em conferência de imprensa, considerou que o banco central está a "fazer bons progressos" no sentido de reduzir a inflação para a meta de 2%, mas que ainda não chegou lá.

O BCE cortou a previsão de inflação média para a zona euro para 2% em 2025, o que colocará a inflação no próximo ano em linha com o objetivo de estabilidade de preços do banco central, prevendo uma taxa de 2,3% em 2024.

As declarações de Lagarde criaram expectativa no mercado sobre o momento de um corte nas taxas, ao afirmar que os dados económicos decidiriam o próximo passo do banco e que em abril terá um "pouco" mais de informação e "muito mais em junho".

Leia Também: Cortar taxas? Lagarde revela qual é o mês chave: "Saberemos muito mais"

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