POUPANÇA NO MINUTO
CLASSIFICADOS AUTO
"Há pormenores nos veículos que ficam por testar a 300%"
Cada vez mais são detetados problemas técnicos em alguns modelos de certas marcas. O presidente da Automóvel Club de Portugal, Carlos Barbosa diz, na antena da Rádio Renascença, que o problema é a rapidez com que os veículos saem das fábricas.
© DR
Economia Carlos Barbosa
Durante esta semana, a Toyota e BMW identificaram problemas em alguns modelos das suas marcas. A empresa japonesa detetou cinco problemas técnicos, que afetam 26 modelos automóveis. A alemã detetou um problema num parafuso que pode provocar a perda de potência nos motores de seis cilindros.
O presidente da Automóvel Club de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, em declarações à Rádio Renascença sobre este tema afirmou que "o problema que se põe é que os modelos, face à concorrência que têm, saem muito rapidamente das fábricas e, às vezes, há pequenos pormenores que ficam por testar a 300%".
"Mas, os grandes itens de segurança, são completamente operacionais e sem qualquer espécie de problema", assegura Carlos Barbosa.
Para o presidente da ACP, a evolução técnica no sector automóvel leva a que sejam mais frequentes estes problemas. "Os carros têm cada vez mais eletrónica dentro dos seus motores e dos seus habitáculos e é evidente que podem avariar mais do que os carros antigos, que não tinham nada disso", afirma.
Para o diretor do Cepra – Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel, António Caldeira esta situação não deveria estar a tomar estas proporções. "O que em determinados modelos ou marcas nem sequer é relevado, noutras toma grande proporção", explica.
Voltando ao exemplo da Toyota, António Caldeira explica que, em Portugal "nunca foi reportado qualquer problema com os modelos em questão, sendo até provável que nunca viesse a ser reportado”.
Ainda assim, as "marcas, mesmo que se trate de um defeito apenas reportado por uma vez, preferem extrapolar a sua ocorrência a todos os carros vendidos", garante.
"O aspeto positivo é que os consumidores ficam a saber que a preocupação dos fabricantes com as questões da segurança se sobrepõe à publicidade negativa que têm de enfrentar", remata.
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