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Sindicatos italianos exigem medidas contra subida do preço da energia

Os principais sindicatos italianos voltaram hoje à manifestação do 1.º de Maio, após dois anos de pandemia, para exigir ao governo medidas contra o aumento dos preços da energia, entre outras reivindicações.

Sindicatos italianos exigem medidas contra subida do preço da energia
Notícias ao Minuto

13:35 - 01/05/22 por Lusa

Economia Dia do Trabalhador

Os três principais sindicatos italianos - CGIL, CISL e UIL - juntaram-se, sob o lema "Trabalhar pela Paz", perto da Basílica de São Francisco em Assis, na região centro de Itália, numa jornada também dominada pela rejeição da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Os líderes sindicais exigiram do governo medidas contra a inflação, para apoiar a recuperação económica após dois anos e meio da pandemia por covid-19, a renovação de acordos coletivos de trabalho, ações contra as mudanças climáticas e, acima de tudo, investimentos que ajudem as famílias a aliviar a escalada dos preços da energia.

O secretário-geral da CISL, Luigi Sbarra, apelou à União Europeia para que crie um mecanismo semelhante ao Plano de Recuperação que "ajude os países membros a enfrentar a emergência energética".

Nesse sentido, considerou "absolutamente insuficientes" os cinco mil milhões de euros que o governo de Mario Draghi vai destinar para ajudar as famílias nas suas contas de luz e gás, já que "a crise vai continuar nos próximos meses".

Pediu, por isso, ao governo italiano que avalie um desvio orçamental que permita destinar o dinheiro para esse fim, bem como avaliar os benefícios das multinacionais e redistribuir as receitas do IVA.

Nessa mesma linha, o líder do maior sindicato, a CGIL, Maurizio Landini, exortou o governo a aumentar o número de potenciais beneficiários desta ajuda", que abrange apenas famílias com 12.500 euros/ano de rendimentos.

Landini exigiu também "um plano energético real" para acabar com a dependência da Itália, já que o país importa 90% do gás que consome e 40% é proveniente do território russo.

O sindicalista defendeu um "um plano sério" que passe pelo investimento em energias renováveis ?eque crie todo um setor nacional.

"Nós temos vento, água, sol [...] com investimentos, dezenas de milhares de empregos podem ser criados", disse, observando que a Itália poderia fabricar seus próprios painéis solares ou moinhos de vento e assim evitar comprá-los a outros países, como China.

Outra questão que causa preocupação aos sindicatos e que todos os anos é repetidamente denunciada refere-se às mortes no local de trabalho, problema que já levou o papa Francisco e o Presidente da República, Sergio Mattarella, a comentarem o assunto.

O secretário do UIL, Pierpaolo Bombardieri, pediu "mais formação e prevenção" e propôs ao governo excluir dos concursos públicos as empresas que desrespeitem as normas de segurança.

À semelhança do que é habitual, o Presidente Sergio Mattarella recebeu as principais figuras do Estado no Palácio do Quirinale para assinalar o 1.º de Maio, data especialmente comemorada em Itália, que é "uma República democrática baseada no trabalho", conforme o artigo primeiro da Constituição de 1948.

No seu discurso, o chefe de Estado manifestou a sua preocupação com a inflação, sobretudo com o aumento do custo da energia e das matérias-primas, para o qual pediu medidas de apoio: "Não podemos dar-nos ao luxo de falhar", enfatizou.

Leia Também: Greve de trabalhadores da distribuição, retalho e IPSS com "forte adesão"

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