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Viagem de nove dias entre Porto Covo e Sines chega ao fim

A viagem de nove dias proposta pelo Festival Músicas do Mundo (FMM), à volta do globo, entre Porto Covo e Sines, chega hoje ao fim, com um orçamento menor, mas a maior programação de sempre.

Viagem de nove dias entre Porto Covo e Sines chega ao fim
Notícias ao Minuto

21:59 - 26/07/14 por Lusa

Cultura Músicas do Mundo

O FMM "é um festival de referência" e a 16.ª edição, que hoje termina, foi um evento de "continuidade", assinalou o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas.

Em declarações à Lusa, Nuno Mascarenhas disse que "a crise não fez grande diferença", apesar de o orçamento do FMM, que antes rondava o milhão de euros, ter sido reduzido em 20 por cento.

"Apesar do corte, conseguimos ter o maior elenco de sempre. Isso quer dizer que se consegue fazer um festival tão bom ou ainda melhor, reduzindo nos custos", frisou.

O regresso do FMM a Porto Covo, após quatro anos de interrupção, atraiu também um público "um pouco diferente", apontou o autarca, referindo a satisfação dos comerciantes da aldeia alentejana. "Se houver condições, no próximo ano iremos continuar em Porto Covo", garantiu.

Em Sines, a adesão ficou "dentro das expectativas" para "um festival cimentado, enraizado", realçou, considerando que, "para a economia local, é fundamental que se realize todos os anos".

Sem assumir compromissos orçamentais para a próxima edição, Mascarenhas sublinhou a necessidade de encontrar outras fontes de receitas. Foi isso que fizeram os serviços sociais da autarquia, que estão a angariar as receitas das bebidas vendidas nos bastidores.

O FMM "não era possível sem os funcionários da autarquia", que "são o grande motor" do festival, disse o autarca, reconhecendo que, sem eles, "dificilmente o festival teria o êxito que tem".

Estreantes na cobertura do FMM, Joanne Shurvell e Paul Aller, jornalistas da edição britânica do Huffington Post, estavam satisfeitos com a opção por um festival "muito profissional", com uma "programação fantástica", que lhes deu a conhecer "novas músicas".

Ao contrário, o marroquino Khalid lamentava que não houvesse, entre os festivaleiros, muitos compradores para as malas de pele que faz à mão. O espaço ocupado pela barraquinha onde as vende custou-lhe mais de 500 euros por cinco dias, mas o negócio "está muito fraco".

Apesar da água fria do mar, a tarde foi hoje de calor, levando muitos à praia de Sines, onde uma centena de pessoas aderiu à aula da biodanza, iniciativa paralela proposta pelo festival.

Tendo a areia como palco, os participantes responderam aos apelos dos instrutores para "agarrar a oportunidade", abraçando quem estava por perto quando a música era interrompida, ou para fechar os olhos e deixar-se levar pelo/a parceiro/a.

"Divertem-se e aprendem, não é simplesmente uma dança de coreografia. Através do movimento, [a pessoa] vai aprendendo os seus próprios potenciais e a expressá-los, a viver melhor, a se relacionar melhor, é anti-stress, é antidepressivo, gera uma onda de boa disposição, alegria, prazer na vida", descreve a instrutora Geane Bonfim.

Por causa de uma lei recentemente adotada, esta edição do FMM quase que punha fim a uma das características do festival: a presença de muitas crianças, ao colo ou às cavalitas. Os pais protestaram tanto no primeiro dia de concertos, ao serem impedidos de entrar com os mais pequenos no Castelo de Sines, que, no dia seguinte, tudo estava como dantes.

No único dia com lotação esgotada, vão subir aos palcos do Castelo e da Avenida da Praia, entre as 21:45 e as 04:15, Fatoumata Diawara&Roberto Fonseca (Mali/Cuba), Angélique Kidjo (Benim), Balkan Beat Box (Israel/EUA), Jagwa Music (Tanzânia) e Acid Arab (França/Mundo Árabe).

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