"Passos e a verdade não se dão bem"
“A narrativa angelical de Passos Coelho sobre o BES distorce grosseiramente os factos”, considera o ex-ministro.
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Política Silva Pereira
Para Pedro Silva Pereira, “Passos e a verdade não se dão bem”. A frase surge esta sexta-feira num artigo que assina no Diário Económico e onde o antigo governante socialista aborda a resolução do BES, os lesados do papel comercial e a venda adiada do Novo Banco.
Escreve Silva Pereira que “é óbvio que (…) a operação de resolução do BES foi, desde o início, uma operação conjunta do Banco de Portugal e do Governo”, ao contrário do que o Executivo tem dado a entender – de que seria apenas responsabilidade do regulador – e que terá custos para os contribuintes.
“Não só a fatura que impende sobre a CGD acabará sempre por penalizar os contribuintes (…) como resultará obviamente em prejuízo dos contribuintes e do Orçamento do Estado”, justifica.
Para o jurista e ex-ministro socialista, que descreve Passos Coelho num “permanente ‘passa-culpas’”, o primeiro-ministro “conseguiu quebrar uma promessa eleitoral ainda antes das eleições”, ao “anunciar, ainda em plena campanha, que a promessa que fez na véspera aos lesados afinal não é para cumprir”, escreve Silva Pereira a propósito da sugestão do chefe do Executivo de encabeçar uma subscrição pública, com o intuito de pagar recursos dos lesados em tribunal.
No seu texto, o socialista fala ainda sobre a postura de Passos em relação aos lesados, comparando com as promessas eleitorais de 2011 mas também com o episódio institucional “a queixar-se em público de uma pretensa deslealdade” por “alegadamente ter sido informado apenas telefonicamente do PEC IV, para depois se apurar que, afinal, foi informado presencialmente” por José Sócrates.
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