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Cafôfo acusa Governo da Madeira de "perseguir" funcionários públicos

O cabeça de lista do PS às eleições legislativas da Madeira, Paulo Cafôfo, considerou hoje que a administração pública regional tem servido de "joguete político", referindo que as pessoas são perseguidas e manipuladas "como se fossem funcionários do PSD".

Cafôfo acusa Governo da Madeira de "perseguir" funcionários públicos
Notícias ao Minuto

13:43 - 16/05/24 por Lusa

Política Eleições/Madeira

"Esta administração pública tem servido de joguete político porque estas pessoas são chantageadas, muitas são perseguidas, muitas são manipuladas, como se fossem funcionários do PSD. Não são", disse Paulo Cafôfo, em declarações aos jornalistas, em frente ao edifício do Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP).

O socialista acrescentou que os funcionários públicos não devem ser tratados desta forma, assegurando que, consigo à frente do executivo madeirense, estas situações não irão acontecer.

"Eu não quero saber, nem me interessa sequer, qual é a filiação de um funcionário público. Tem direito de ser militante de qualquer partido, aquilo que me interessa é que seja competente e que possa desempenhar bem as suas funções", reforçou.

Acompanhado de uma comitiva de dezenas de pessoas, que se deslocaram à 'porta' do Governo Regional da Madeira, liderado pelo PSD há 48 anos, o candidato do PS à seleições de dia 26 sublinhou que o partido pretende valorizar as carreiras, com uma progressão mais célere e a atribuição do subsídio de insularidade no valor de 5% a todos os funcionários da administração regional.

Questionado sobre o facto de a greve da função pública agendada para sexta-feira não abranger os trabalhadores da região autónoma, com a delegação regional do sindicato a justificar que o Governo madeirense está em gestão, Paulo Cafôfo disse que a Madeira tem "estado aprisionada e, inclusive, isso vê-se nos sindicatos".

"O facto de o Governo Regional estar em gestão não significa que o sindicato esteja em gestão. Bem pelo contrário, a luta nunca acaba", salientou, realçando que qualquer sindicato tem o dever de lutar pelos direitos dos seus associados.

Paulo Cafôfo foi ainda questionado sobre um manifesto de apelo ao voto do PSD, distribuído em alguns serviços da administração pública regional, tendo insistido que "as pessoas merecem respeito" e que é "vergonhoso alguém que usa a sua função hierárquica superior para fins partidários".

"Nós vivemos numa democracia, temos uma democracia há 50 anos, mas esta é uma democracia áspera aqui na região, porque é uma democracia onde a liberdade está condicionada", disse ainda, reiterando que é preciso "uma lufada de ar fresco", que "só pode acontecer com o PS".

Na quarta-feira, numa ação de campanha da Iniciativa Liberal, o cabeça de lista, Nuno Morna, denunciou a distribuição de um manifesto de apelo ao voto no PSD "dentro de algumas secretarias e de alguns serviços do Governo Regional", com os funcionários a serem pressionados a assinarem.

"Quem se recusar a fazê-lo, há chefes de serviços que andam a dizer às pessoas que vão-lhes ficar com o nome e que, depois, vão ver como é que é", disse Nuno Morna.

As legislativas da Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada

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