Apresentamos-lhe um Rui Rio que ainda não conhece
Com o cenário incerto relativamente a uma possível candidatura presidencial, Rui Rio ‘mostra-se’ em livro. Mas não se pense que o registo é autobiográfico. Em “Raízes de Aço”, um psiquiatra, amigo do antigo autarca, dá a conhecer, sem intervenção do sujeito da obra literária, um Rio que é desconhecido dos portugueses.
© Global Imagens
Política Ex-autarca
As figuras políticas são muitas vezes escrutinadas publicamente pelos atos que tomam enquanto governantes. Conquanto, há em Portugal pouca cultura de análise psicológica aos líderes políticos.
Rui Rio, porém, é visado no livro “Raízes de Aço”, que traça um perfil mais intimista do ex-autarca. A publicação é escrita por um amigo de Rio, Carlos Mota Cardoso, um psiquiatra e professor universitário que nos traz um retrato psicológico do presidenciável.
Neste livro, segundo explica o Sol, Rio surge-nos como alguém com “uma firme organização interior” e “um fundo de escrupulosidade latente que abre fácil acesso a sentimentos de culpa”.
Além deste aspeto, na publicação são ainda narrados episódios da infância do ex-autarca. Rio foi punido, durante a sua fase de formação num colégio alemão, pelo pai, porque este último se apercebeu que o filho, encarregue de traduzir um livro, fazia a retroversão diretamente para o caderno.
Apercebendo-se deste facto e já depois de ter tido negativa à disciplina, o pai sentenciou que o que se viria a tornar presidente de câmara ficaria sem férias e sem saídas noturnas.
Porém, o mais importante aspeto da mocidade tem que ver com a morte do seu irmão, com leucemia, quando Rio tinha apenas cinco anos. Este é apontado com um episódio marcante.
Mas o autor da obra fornece ainda mais pormenores sobre a personalidade de Rio. “O cuidado, a minúcia, o espírito de poupança, o sentido económico, a criatividade são características muito próprias de Rui Rio”, explica-se, destacando-se ainda a “coerência do comportamento público e privado”.
Por fim, sobre uma potencial candidatura a Belém, o amigo Carlos Mota Cardoso diz que ainda não haverá decisão, admitindo, porém, que o ex-autarca “coleciona, de facto, algumas figuras contra si que nutrem uma especial intolerância e má vontade”.
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