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Montenegro pede ao Governo para aproveitar "potencial" das misericórdias

O presidente do PSD apelou hoje ao Governo para que "não tenha nenhum tipo de complexo" em aproveitar "o potencial" das misericórdias, considerando que são "um bom exemplo" de como prestar um serviço com qualidade e "condições mais favoráveis".

Montenegro pede ao Governo para aproveitar "potencial" das misericórdias
Notícias ao Minuto

14:19 - 18/10/22 por Lusa

Política Misericórdias

"Eu insisto aqui, mais uma vez, para que o Governo não tenha nenhum tipo de complexo em aproveitar as misericórdias, as instituições sociais, para poder fazer face a problemas tão graves hoje no acompanhamento das famílias portuguesas, como o número de pessoas que não têm acesso a médico de família, a necessidade de ter uma rede de cuidados continuados a funcionar e com condições financeiras de se poder até multiplicar em termos de oferta, e mesmo nos cuidados de saúde primários", afirmou Luís Montenegro.

O líder social-democrata defendeu que "as misericórdias portuguesas são um bom exemplo de como muitas vezes é possível prestar um serviço público em condições de maior qualidade e também em condições mais favoráveis do ponto de vista do consumo de recursos financeiros".

E lamentou que, "infelizmente, o Governo nem sempre aproveite este potencial, nomeadamente em áreas cruciais como é a área da saúde".

O líder do PSD, que falava aos jornalistas no final de uma reunião com a direção da União das Misericórdias Portuguesa, em Lisboa, manifestou a "convicção profunda" do PSD "na complementaridade que o setor social pode dar na prestação de serviço públicos à população nas mais variadas vertentes".

Montenegro disse que, "desde que o doutor António Costa e o PS assumiram a liderança da governação, terminou um processo que estava em curso de atribuição às misericórdias da gestão de unidades hospitalares".

O líder do PSD considerou que "há bons exemplos nas misericórdias portuguesas desse serviço, inclusivamente o Serviço Nacional de Saúde [SNS] recorre à capacidade instaladas na misericórdias portuguesas muitas vezes para recuperar listas de espera, para poder ter respostas que ele, SNS, não consegue oferecer às pessoas".

O presidente do PSD apontou também que "tem que haver uma forma mais correta, exigente naturalmente, que possa também viabilizar e não asfixiar o trabalho das misericórdias", e defendeu "um regime fiscal que seja mais justo".

"Há aspetos do ponto de vista da justiça fiscal e das opções que de uma forma estruturada e estruturante se podem desenvolver que têm de ser trabalhadas em conjunto com a direção da União das Misericórdias, para poder viabilizar estas operações que são cruciais num tempo em que as pessoas se confrontam diariamente com o aumento do custo de vida, com grandes dificuldades no acesso a cuidados de saúde, com urgências fechadas, com listas de espera, com problemas que são muito profundos. Não aproveitar esta capacidade do setor social é um desperdício que é incompreensível", salientou.

À margem da reunião, Luís Montenegro foi questionado também sobre as declarações do primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, que considerou que os partidos à direita calaram-se quando o Governo demonstrou que é possível aumentar os rendimentos em cerca de 20%.

"Vá perguntar isso aos partidos à direita porque ele não devia estar a falar para nós", respondeu apenas.

Leia Também: "A herança que o PS recebeu foram condições para poder governar bem"

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