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Exclusão do Chega de reuniões "é tique preocupante", diz Ventura

O líder do Chega acusa o primeiro-ministro que querer “passar por cima” dos seus cerca de 400 mil eleitores.

Exclusão do Chega de reuniões "é tique preocupante", diz Ventura
Notícias ao Minuto

23:46 - 07/02/22 por Daniela Filipe

Política Legislativas

Cumprido o período de sete dias de isolamento por ter testado positivo à Covid-19, António Costa retoma, amanhã, a sua agenda presencial. Na verdade, a 15 de fevereiro, o primeiro-ministro receberá os partidos com representação parlamentar, com uma exceção já anunciada nas legislativas de 30 de janeiro: o Chega. Numa reação à CNN Portugal, André Ventura, líder deste partido, acusa António Costa de mostrar um “tique preocupante”, naquele que é o início da sua maioria absoluta.

“Se António Costa estivesse a fazer reuniões com os partidos para a formação de um governo, para consolidação de uma maioria parlamentar, ou para acordos de governação, acho que faria todo o sentido que o Chega ficasse de fora. Aliás, nem o Chega nunca quereria ser parte de qualquer audição desse tipo. O que acontece aqui é mais grave, porque António Costa está a ouvir os setores da sociedade civil, e os partidos com representação parlamentar”, comenta o presidente do Chega.

André Ventura destaca que, apesar do “mundo de política que [os] divide, […] em democracia é preciso saber ouvir também os adversários, nomeadamente quando esses adversários tiveram, por voto popular, quase 400 mil votos”, acusando o secretário-geral do PS de querer “passar por cima” desses eleitores.

“Isto é um tique já preocupante de António Costa no início de uma maioria absoluta. Significa que ele entende que há um partido que é a terceira força da [Assembleia da República] que nem sequer merece ser ouvido pelo primeiro-ministro”, reforça.

O líder do partido de extrema-direita recusou ainda moderar o discurso no sentido de criar uma aproximação ao PS, considerando que isso seria “defraudar os eleitores” e “defraudar a razão que [o] levou a esta votação”.

“Um primeiro-ministro não pode só ouvir os partidos que acha que não lhe fazem mossa, ou que de alguma forma se aproximam dele”, reitera.

Recorde-se que António Costa vai receber, a partir de amanhã, uma série de representantes institucionais dos setores das finanças, educação, saúde, ciência e parceiros sociais, excluindo o Chega dos encontros marcados com os partidos eleitos nas legislativas de 30 de janeiro.

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