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PCP não vê, para já, nada de positivo nas medidas para as florestas

O PCP criticou hoje as "medidas e objetivos gerais" anunciados pelo Governo para as florestas e, para já, não diz se há alguma positiva sem saber como vão ser concretizadas.

PCP não vê, para já, nada de positivo nas medidas para as florestas
Notícias ao Minuto

17:02 - 05/03/21 por Lusa

Política Florestas

"Veremos no conjunto das medidas anunciadas. Ontem [quinta-feira] foram apenas anunciadas medidas e objetivos gerais, faltando ver no concreto como vão caracterizar-se", afirmou João Frazão, da comissão política do PCP, numa conferência de imprensa, na sede do partido, em Lisboa, sobre a reunião extraordinária do conselho de ministros sobre as florestas, na quinta-feira.

O dirigente comunista deu o "exemplo paradigmático" quanto ao anunciado "reforço do apoio à agricultura, em especial onde há maior risco de incêndio".

Esse anúncio poderia significar "aumentar apoios para o Norte e o Centro do país", mas a maior taxa de execução do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR2020) é no sul, onde os proprietários têm mais capacidade de se organizar.

Mas com as regras do regime de transição pós-PAC (Política Agrícola Comum), com a "convergência interna dos apoios", isso significaria que os proprietários "do minifúndio" poderão "passar a ter menos apoios a partir de agora".

O que "pode acontecer o Governo estar a dar com uma mão para tirar com a outra", disse João Frazão.

"Precisamos de verificar, em concreto, as medidas para saber se há alguma que se possa dizer que é absolutamente positiva", concluiu.

O dirigente do PCP criticou este tipo de conselho de ministros solenes, de onde saem decisões "de propaganda" e que "não têm servido para mais do que ocupar páginas do Diário da República" e a "política florestal de direita" seguida pelo executivo do PS.

"Lamentavelmente", segundo João Frazão, o executivo socialista "continua a insistir na propaganda" que, "como já se viu, não apaga incêndios".

O PCP reclama, afirmou, que o Governo "cumpra a legislação", as medidas previstas nos Orçamentos do Estado, que "garante preços justos à madeira", reconstitua o corpo de guardas florestais" e "assegure que os apoios chegam aos pequenos e médios produtores" ou ainda que reduza a área de eucalipto.

Na quinta-feira, em Monsanto, Lisboa, o Conselho de Ministros dedicado às florestas foi presidido pelo Presidente da República, a convite do primeiro-ministro, no qual o Governo aprovou uma série de diplomas no âmbito do sistema de gestão integrada de fogos rurais, ordenamento do espaço agrícola e floresta e reforço da proteção civil.

Foi decidida a aquisição de 14 meios aéreos próprios de combate aos incêndios até 2026.

O executivo avançou com o Programa Nacional de Ação do Plano de Gestão Integrada de Fogos Rurais e colocou o documento em discussão pública até 21 de março, contando com a participação de "todos os atores" do setor florestal.

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