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RN de França deixa de se sentar com parceiro alemão no Parlamento Europeu

Jordan Bardella, presidente do partido de extrema-direita francês União Nacional (RN) e cabeça de lista às eleições europeias, decidiu "deixar de se sentar" com os alemães da AfD no Parlamento Europeu, revelou hoje o seu diretor de campanha.

RN de França deixa de se sentar com parceiro alemão no Parlamento Europeu
Notícias ao Minuto

23:39 - 21/05/24 por Lusa

Mundo Parlamento Europeu

O cabeça de lista do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Maximilian Krah, considerou recentemente que uma SS (polícia paramilitar do Estado nazi) "não é automaticamente criminosa", numa entrevista publicada este fim de semana no diário italiano La Repubblica.

"Tivemos discussões francas, as lições não foram aprendidas: estamos a tirar as consequências", explicou o diretor de campanha de Bardella, Alexandre Loubet, à agência France-Presse (AFP), confirmando as informações avançados pelo jornal Libération.

Criado em 2013, o partido alemão populista e anti-imigração liderou as sondagens até ao início do ano, com quase 25% dos votos. Mas desde então caiu 10 pontos.

Em meados de janeiro, a participação, revelada pela comunicação social, de alguns dos seus membros numa reunião de ultradireita para discutir um plano de expulsão em massa de de estrangeiros ou pessoas de origem estrangeira da Alemanha chocou o país.

Em abril, foi aberta uma investigação, por suspeita de financiamento russo e chinês, contra Maximilian Krah, sendo que um dos seus assistentes no Parlamento Europeu, suspeito de ser um agente chinês, foi recentemente detido.

Na semana passada, uma das figuras do partido, Björn Höcke, foi multado em 13 mil euros por usar um slogan nazi.

A decisão do RN baralha completamente as cartas da organização da extrema-direita europeia, até agora dividida em dois grupos, ID (Identidade e Democracia) -- dos quais o RN e a AfD ocupam respetivamente 18 e 10 lugares, de 63 -- e ECR (Reformistas e Conservadores).

"Se formos expulsos, duvido que consigam atingir o número de sete países necessários para formar um grupo", realçou Maximilian Krah ao La Repubblica.

Esta dúvida pode ser o suficiente para reavivar a ideia de fusão destes dois grupos parlamentares, noticiou ainda a AFP.

No domingo, a participação de Marine Le Pen numa gigantesca reunião em Madrid do partido espanhol Vox -- membro do ECR -- foi particularmente aplaudida.

Mas a 'condescendência' de certos membros do ECR para com Ursula von der Leyen, da qual são acusados particularmente os leais à chefe do Governo italiano Giorgia Meloni (Irmãos de Itália), é uma linha vermelha para o RN.

Uma terceira ideia é mencionada cada vez com mais frequência: um novo grupo constituído em torno dos futuros eurodeputados do Fidesz, o partido do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que ainda não foram registados.

Leia Também: Pacto Climático Europeu lança desafio a futuros eurodeputados

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