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Caxias: Reclusos aproveitaram a falta de guardas e serraram as grades

Júlio Rebelo, presidente do Sindicato Independente dos Guardas Prisionais, deu algumas explicações para o incidente ocorrido esta madrugada no Estabelecimento Prisional de Caxias, em declarações à SIC.

Caxias: Reclusos aproveitaram a falta de guardas e serraram as grades
Notícias ao Minuto

11:44 - 19/02/17 por Notícias Ao Minuto

País Caxias

O presidente do Sindicato Independente dos Guardas Prisionais indicou esta manhã de domingo à SIC que a evasão de três reclusos do Estabelecimento Prisional de Caxias, em Oeiras, é lamentável mas que se trata de uma situação que “poderia ser prevista já há algum tempo”.

Júlio Rebelo referiu que existiram “mais duas tentativas no mesmo local” desde novembro, levadas a cabo por “indivíduos diferentes”. “São situações que ocorrem porque o contingente de guardas é muito reduzido, não se conseguem efetuar os procedimentos de segurança mais básicos”, explicou.

Para o responsável esta situação é “uma questão de oportunidade” porque os reclusos “passam 24 horas a observar os sistemas de vigilância” e conseguem aperceber-se “muito bem” das falhas.

A SIC apurou que os três reclusos conseguiram fugir do estabelecimento serrando as grades da camarata onde se encontravam e que algumas torres de vigia estavam desativadas, informações que foram confirmadas por Júlio Rebelo.

Quando questionado sobre como é possível serrar o gradeamento sem se fazer notar, o presidente do sindicato explicou que “há circunstâncias que facilitam a essa situação” sem querer entrar em detalhes, por motivos de segurança.

“Preocupa-nos bastante [o facto de] a própria Direção-geral dos Serviços Prisionais ter adotado de algum tempo para cá a política de desativação de torres, sendo subsituídas por câmaras de vigilância. O recluso não teme as câmaras, teme sim a arma de fogo que está no posto de vigia”.

Júlio Rebelo acrescentou que esta é uma situação que é transversal aos estabelecimentos prisionais mas com incidência mais grave em Caxias, que está “sem meios humanos para procedimentos de segurança mais básicos”.

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