Meteorologia

  • 15 MAIO 2024
Tempo
17º
MIN 12º MÁX 18º

Associação diz que falharam procedimentos de segurança

A Associação Nacional de Empresas de Produtos Explosivos (ANEPE) defendeu hoje a morte de um jovem, em Marco de Canaveses, na sequência do rebentamento de um tubo de fogo, poderá ter resultado da "falha" dos procedimentos de segurança.

Associação diz que falharam procedimentos de segurança
Notícias ao Minuto

16:09 - 06/04/15 por Lusa

País Pirotecnia

"Algum procedimento de segurança falhou antes, durante e depois do lançamento do dispositivo pirotécnico. Ou, por algum motivo, os jovens não se aperceberam que os tubos já tinham sido ativados e foram espreitar para ver se estava tudo bem, ou teria havido a projeção do material e a peça não saiu na sequência normal, por algum atraso pirotécnico, e pensaram que já não existiria perigo e aproximaram-se", explicou à Lusa o presidente da ANEPE, António Rodrigues.

Um homem de 21 anos morreu hoje e outro, de 22 anos, ficou gravemente ferido, na sequência do rebentamento de um tubo de fogo, na freguesia de Constance.

De acordo com o comandante da GNR local, o jovem estaria junto ao tubo quando aquele foi ativado à distância.

"O tubo estava no chão e prestes a ser ativado quando o jovem meteu a cabeça à frente e foi atingido pelo fogo", explicou à Lusa o comandante Rui Pinto.

"Uma pessoa com o mínimo de conhecimentos e formação nesta área não se aproxima dos tubos nem nunca espreita", explicou António Rodrigues.

O presidente da ANEPE explicou que em Portugal "existe pouca legislação" a regular o setor mas adiantou que "existem instruções de utilização deste material produzida pela própria associação que descreve os procedimentos, mínimos, a ter no manuseamento destes explosivos".

Os dispositivos de lançamento são colocados numa zona vedada por fita sinalizadora é recomendado que, após o lançamento, seja respeitado um período entre 15 a 20 minutos, no mínimo, para uma aproximação aos tubos do fogo de artifício.

António Rodrigues adiantou que "são dispositivos mais seguros" que os foguetes tradicionais e que, por ano, ocorrerão "menos de meia dúzia deste tipo de acidentes".

"Ocorreram mais acidentes quando há cerca de 10 anos se fez a transição do foguete tradicional para este material. É um artigo pirotécnico mais seguro logo á partida por garantir uma distância entre o operador e o fogo, que pode ser iniciado a vários metros ou até quilómetros, por via eletrónica", explicou.

Segundo António Rodrigues a formação para o manuseamento deste material "é assegurando pelas empresas fabricantes, bem como a emissão da respetiva credencial de lançador de fogo de artifício".

"Cabe à PSP confirmar a credenciação emitida pelas empresas fabricantes", frisou.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório