Contam histórias, usam crianças... e furtam. O que é "método de engano"?

A Polícia de Segurança Pública detalhou um método que está a ser utilizado para furtar artigos de valor do interior de habitações, assim como indicou que este método tem vindo a aumentar - fazendo prejuízos na ordem dos milhares.

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Notícias ao Minuto
15/05/2024 08:04 ‧ 15/05/2024 por Notícias ao Minuto

País

PSP

A Polícia de Segurança Pública (PSP) tem vindo a registar um aumento dos crimes de furto no interior de residência através do método de engano, tendo sido registados nos primeiros quatro meses do ano prejuízos patrimoniais que ascendem aos 200 mil euros.

Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, esta quarta-feira, a autoridade dá conta de vários dados para além dos valores dos prejuízos relacionados com este crime - tais como os principais alvos, a forma de atuação ou mesmo alguns conselhos.

Da escolha das vítimas ao modo de atuação

Segundo a PSP, os "alvos preferenciais as pessoas idosas ou especialmente vulneráveis". "Ao contrário dos furtos em interior de residência 'comuns', neste método os suspeitos escolhem os seus alvos com base nas próprias vítimas e não nas residências", detalham.

Por norma, os suspeitos nunca atuam sozinhos, formando grupos entre duas a quatro pessoas, e escolhem também pessoas que vivam sozinhas ou em casas isoladas.

A PSP dá conta de que normalmente estes suspeitos atuam de forma "concertada" e 'dividindo para reinar', enquanto um distrai a vítima, o outros, ou outros, "procuram bens de valor e de fácil dissimulação, como ouro, joias e dinheiro".

Ao abordarem a vítima tentam "ganhar a sua confiança", utilizando uma história que lhes permita aceder ao interior da casa. A PSP deixa alguns exemplos de que tipo de abordagem podem ter estes suspeitos:

  • Solicitar um copo de água às vítimas alegando que um dos suspeitos se sente indisposto ou que tem necessidade de tomar algum tipo de medicação;
  • Solicitar às vítimas para utilizar a casa de banho;
  • Fazerem-se passar por empregadas de limpeza, responsáveis pela limpeza do prédio, e que necessitam de um balde com água para efetuarem o seu trabalho;
  • Pedir às vítimas para verem o interior da residência sob o pretexto de estarem interessados em comprar ou arrendar um imóvel no mesmo edifício;
  • Solicitar uma caneta e/ou papel com o pretexto de deixar um recado a um vizinho. Escrevem esse recado na presença da vítima, vagarosamente, para que o(s) outro(s) suspeito(s) possam aceder às divisões;
  • Recorrer a crianças (entre os 6 e os 10 anos) como meio de distrair as vítimas, alegando que têm fome ou que necessitam de ir à casa de banho.

E como evitar esta situação? Os conselhos da PSP

  • Se detetar algum movimento estranho no seu prédio ou bairro, contacte de imediato a PSP;
  • Fale com os Polícias do policiamento de proximidade e transmita-lhes todos os pormenores que possam parecer suspeitos, como pessoas e viaturas “novas” na sua rua, anotando características e matrículas. Tenha os contactos de emergência e da Esquadra da área sempre em local de fácil acesso;
  • Se baterem à sua porta para pedir informações, não a abra. Oiça o recado e registe em papel. Se abrir a porta, mantenha sempre a corrente de segurança e não permita que estranhos entrem na sua residência;
  • Se pedirem um papel e uma caneta para anotar um recado, escreva você mesmo e envie o papel por baixo da porta. Se continuarem a insistir para que abra a porta, chame de imediato a Polícia. Atualmente todos os telemóveis têm blocos de notas digitais, pelo que não é necessário recorrer ao papel e caneta para anotar recados;
  • Se lhe pedirem um copo de água ou para utilizar a casa de banho, não permita. Existem casas de banho públicas, supermercados, cafés e restaurantes por perto;
  • Não faculte os seus dados pessoais, nem responda a questionários sobre si, sem saber se é fidedigno e a que empresa pertence. Pode ligar para a empresa em questão e confirmar a existência desse inquérito ou levantamento de dados;
  • Não receba nenhuma encomenda que não tenha solicitado ou que não venha em seu nome;
  • Não diga a ninguém se possuir objetos valiosos na sua casa e não comente hábitos ou rotinas da família com outras pessoas. Não tenha grandes quantias de dinheiro em casa e guarde os objetos de valor em cofres;
  • Não se deixe enganar com a presença de crianças;

Leia Também: 'Olá pai, olá mãe'. Grupo roubou cerca de 40 mil euros a vítimas

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