Centenas de feridos em mais uma noite de protestos na Nova Caledónia

Centenas de pessoas ficaram feridas nos protestos na Nova Caledónia, incluindo uma centena de polícias, anunciou hoje o ministro francês do Interior e dos Territórios Ultramarinos, Gérald Darmanin, depois de mais uma noite de tumultos no arquipélago.

Destroços feitos por manifestantes na Nova Caledónia

© Lilou Garrido Navarro Kherachi/via REUTERS

Lusa
15/05/2024 08:20 ‧ 15/05/2024 por Lusa

Mundo

Nova Caledónia

As circunstâncias em que uma pessoa morreu depois de baleada durante a noite de terça-feira para hoje continuam por esclarecer, acrescentou o governante, em declarações à rádio RTL.

Segundo disse, dezenas de "casas e empresas" foram queimadas na Nova Caledónia, nos protestos contra a revisão constitucional discutida no parlamento francês e criticada pelos separatistas daquele território francês do Pacífico Sul.

Na terça-feira, o Governo da Nova Caledónia pediu "razão e calma", após os motins que devastaram a capital na segunda-feira.

Os motins levaram o representante do Estado francês no arquipélago a decretar o recolher obrigatório durante o dia de terça-feira, assim como a proibir qualquer reunião, o porte de armas e a venda de álcool.

As autoridades também encerraram escolas secundárias e universidades. O aeroporto internacional foi igualmente fechado e a companhia aérea de bandeira da Nova Caledónia -- Aircalin - suspendeu todos os voos marcados para terça-feira.

Os tumultos eclodiram na segunda-feira, à margem de uma manifestação pró-independência contra uma revisão constitucional que visa alargar o eleitorado para as eleições provinciais.

A atual Constituição da França limita o eleitorado aos inscritos nas listas para o referendo de autodeterminação de 1998 e aos seus descendentes, excluindo um em cada cinco potenciais eleitores, incluindo os que chegaram depois de 1998 e muitos habitantes nativos da Nova Caledónia.

O ministro francês do Interior e dos Territórios Ultramarinos, Gérald Darmanin, que propôs a revisão, disse que esta disposição "já não está em conformidade com os princípios da democracia" e "conduz ao absurdo".

Os separatistas da Nova Caledónia, um arquipélago com 270 mil habitantes, descrevem a reforma como uma tentativa de "marginalizar ainda mais o povo indígena Kanak", que representava 41,2% da população da ilha em 2019.

Leia Também: Governo da Nova Caledónia pede calma após violentos motins

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