"Encontro caloroso" e a "palavra amigo". Zelenska destaca visita a Lisboa
A primeira-dama ucraniana veio a Portugal para discursar na sessão de abertura da Web Summit, em Lisboa. Desde então, encontrou-se com Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e visitou um centro de refugiados em Cascais.
© Rui Ochoa/Presidência da República
País Olena Zelenska
A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, assinalou, esta sexta-feira, a sua passagem por Portugal nas redes sociais e o seu encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Numa publicação no Instagram, a mulher de Volodymyr Zelensky lembrou que "antes da invasão russa, a diáspora ucraniana em Portugal contava com 30 mil ucranianos", número que "quase triplicou" nos últimos oito meses para 53 mil.
"Os primeiros aviões com recém-chegados foram pessoalmente recebidos pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa", frisou Zelenska, referindo-se ao facto de o chefe de Estado ter-se deslocado em Aeroporto Figo Maduro, em Lisboa, para receber os primeiros 267 refugiados ucranianos em Portugal.
Na reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, a primeira-dama ucraniana afirmou ter-lhe expressado toda a sua "gratidão". Não só a Marcelo, mas também a "todo o Portugal".
"Este país ajuda a Ucrânia todos os dias: já transferiu 2.040 toneladas de ajuda humanitária, e o operador postal local [CTT] até emitiu um selo, cujo valor da venda irá para a reconstrução de uma escola ou hospital na Ucrânia", destacou, acrescentando que foram discutidas "outras formas de Portugal poder contribuir para a restauração" do país invadido pela Rússia.
Zelenska descreveu a passagem por Portugal como um "encontro caloroso e sincero", onde "sentiu que os portugueses têm a mesma opinião" que o povo ucraniano.
“Penso que uma das primeiras palavras que os pequenos ucranianos irão aprender em Portugal será a palavra amigo”, frisou.
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O Presidente da República recebeu em audiência no Palácio de Belém a primeira-dama da Ucrânia, que assinou o livro de honra, um procedimento que não estava previsto pelo protocolo.
A mulher do presidente ucraniano, chegou a Lisboa na terça-feira para discursar na sessão de abertura da Web Summit, onde acusou a Rússia de colocar a tecnologia "ao serviço do terror" e pediu ajuda ao setor da inovação.
No dia seguinte, visitou um centro de refugiados ucranianos em Cascais e agradeceu ao autarca, Carlos Carreiras, e a Portugal pela "incrível hospitalidade". Foi ainda recebida pelo primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, tendo o chefe de Governo reiterado "o firme compromisso" de Portugal no apoio à Ucrânia e aos "enormes" desafios com que este país se confronta.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e quase dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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