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Estado Islâmico reivindica ataque a aeroporto na península do Sinai

Uma organização filial do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje o ataque com míssil na terça-feira contra um aeroporto na península do Sinai, norte do Egito, durante uma visita não divulgada dos ministros da Defesa e Interior.

Estado Islâmico reivindica ataque a aeroporto na península do Sinai
Notícias ao Minuto

17:17 - 20/12/17 por Lusa

Mundo Cairo

Numa breve declaração inserida nas páginas digitais jihadistas, o grupo refere que o míssil "guiado" disparado em direção ao aeroporto de el-Arish tinha por alvo os dois ministros, e que o projétil atingiu um helicóptero Apache que integrava a comitiva.

O ataque, divulgado pela agência noticiosa Aamaq controlada pelo EI, é semelhante a outras reivindicações do grupo e parece ser credível, de acordo com a Associated Press (AP).

Na manhã de quarta-feira, responsáveis pelos serviços de segurança referiram-se a confrontos entre forças egípcias e militantes islamitas perto do aeroporto de el-Arish.

Cinco rebeldes e um capitão do exército foram mortos nos confrontos, acrescentaram as mesmas fontes sob anonimato, por não estarem autorizadas a contactos com os media.

O ministro da Defesa, Dedki Sobhy, e o ministro do Interior, Magdy Abdel-Ghaffar, responsável pelas forças policiais, estavam em el-Arish numa visita não anunciada quando ocorreu o ataque de terça-feira, de acordo com um breve comunicado militar.

O texto refere que um oficial foi morto e dois outros feridos no ataque, que também danificou um helicóptero. No entanto, não precisou se os ministros estavam no aeroporto no momento do ataque.

O Presidente Abdel Fattah el-Sisi encontrou-se hoje com os dois ministros no Cairo, de acordo com o porta-voz presidencial Bassam Radi.

Foi divulgada uma foto do encontro, com os dois ministros a surgirem aparentemente sem qualquer ferimento, ao lado de El-Sisi e de outros responsáveis militares e dos serviços de segurança.

As forças militares e policiais egípcias combatem há anos a insurgência no Sinai, mas os combates intensificaram-se e alastraram desde 2013, após o golpe militar que depôs Mohamed Morsi, o presidente islamita eleito no primeiro escrutínio livre no país e que apenas se manteve um ano no poder.

Na região opera agora o Estado Islâmico do Iraque e Levante-Província do Sinai, uma poderosa filial dos jihadistas do EI, que tem reivindicado numerosas ações e atentados.

O ataque ao aeroporto, num momento em que a cidade estava sob fortes medidas de segurança devido à visita dos ministros, revelou as capacidades dos jihadistas em termos militares e de informações.

Estas visitas oficiais são planeadas e concretizadas em segredo, sem qualquer cobertura mediática.

Desde 2013 que o governo do Cairo restringe fortemente o acesso de jornalistas ao norte do Sinai.

El-Sisi, que na qualidade de ministro da Defesa liderou o golpe que derrubou Morsi, ordenou às forças de segurança para restaurarem "a segurança e a estabilidade" no Sinai até ao final de fevereiro através da utilização da "força bruta" para esmagar os militantes.

Estas ordens surgiram após o ataque a uma mesquita no norte do Sinai em novembro, não reivindicado e atribuído aos jihadistas, que matou mais de 300 pessoas.

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