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Iémen: Irão rejeita acusações "ridículas" da Arábia Saudita

Teerão qualificou hoje de "ridículas e sem fundamento" as acusações da Arábia Saudita de que o Irão bloqueia qualquer solução política no Iémen ao alimentar o conflito com o envio de armas para os rebeldes Huthis.

Iémen: Irão rejeita acusações "ridículas" da Arábia Saudita
Notícias ao Minuto

07:56 - 30/10/17 por Lusa

Mundo Huthis

"As afirmações do ministro dos Negócios Estrangeiros saudita segundo as quais o nosso país coloca obstáculos no caminho da paz no Iémen são ridículas e sem fundamento", declarou o porta-voz da diplomacia iraniana Bahram Ghassemi, num comunicado.

"O Irão condenou a agressão [contra o Iémen] desde o início, pediu o fim do conflito e (...) fará tudo para travar esta guerra mortífera e detestável", realçou Bahram Ghassemi.

Para o porta-voz iraniano, "as falsas acusações não diminuirão a responsabilidade (...) daqueles que cometeram crimes hediondos, sobretudo os assassínios, as destruições de escolas e de hospitais e a submissão da população inocente à fome".

O chefe da diplomacia saudita, Adel al-Jubeir, afirmou no domingo que "os rebeldes [Huthis] não teriam podido continuar com os seus abusos sem o apoio do maior patrocinador mundial do terrorismo que é o regime iraniano".

Por seu lado, o chefe de Estado-maior saudita, o general Abdel Rahmane ben Saleh al-Banyane, acusou no domingo o Irão de fornecer "apoio sem limite" aos rebeldes.

"O Irão envia armas de contrabando para os Huthis e aliados" e "sabota todos esforços [da Arábia Saudita] para uma solução no Iémen, o que fez fracassar as negociações políticas entre o governo legítimo e essas milícias", acrescentou o ministro saudita.

A guerra civil no Iémen opõe as forças do governo do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, apoiadas pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos, aos Huthis, rebeldes xiitas, aliados a unidades do exército que permaneceram fiéis ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh e acusados de ligações ao Irão.

Após a tomada de Sanaa pelos Huthis em setembro de 2014, o conflito ganhou uma dimensão internacional, com a intervenção de uma coligação militar liderada pelos sauditas contra os rebeldes, em março de 2015.

Face ao registo de baixas civis, nomeadamente causadas por ataques aéreos da coligação, o Conselho de Direitos Humanos da ONU decidiu, no final de setembro, enviar especialistas internacionais para investigar as alegações de crimes de guerra no Iémen.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a guerra civil em que se encontra mergulhado o Iémen fez mais de 8.650 mortos e perto de 58.600 feridos, incluindo vários civis.

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