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Turquia emite 260 mandados de detenção por ligações a golpe de Estado

Mais de 260 novos mandados de detenção foram hoje emitidos pelas autoridades turcas no âmbito das investigações às redes 'gulenistas', consideradas responsáveis pelo fracassado golpe de Estado de julho de 2016, informou a agência pró-governamental Anadolu.

Turquia emite 260 mandados de detenção por ligações a golpe de Estado
Notícias ao Minuto

15:41 - 23/05/17 por Lusa

Mundo Tayyip Erdogan

Em Istambul, o procurador pediu a interpelação de 144 militares suspeitos de serem apoiantes de Fethullah Gülen, o predicador exilado desde 1999 nos Estados Unidos, ex-aliado do Presidente Recep Tayyip Erdogan, e que Ancara acusa de ter fomentado a tentativa de golpe.

A polícia efetuou diversas buscas após a emissão dos mandados, com a Anadolu a referir-se a cerca de 20 detenções.

Ainda segundo a agência noticiosa, o procurador de Ancara emitiu mandados de detenção dirigidos a 124 pessoas suspeitas de terem utilizado a aplicação de mensagens criptadas ByLock, que segundo as autoridades turcas constituía a ferramenta de comunicação dos golpistas.

A agência privada Dogan assinalou por seu turno que, entre as 124 pessoas procuradas em Ancara, 33 estavam colocadas na Autoridade turca de tecnologias de comunicação e de informação (BTK), 36 na Autoridade dos mercados de capitais (SPK) e 55 trabalhavam em escolas privadas geridas pelos 'gulenistas' e encerradas pelas autoridades.

Ancara acusa Fethullah Gülen de liderar uma "organização terrorista" que se infiltrou nas instituições turcas para erguer um "Estado paralelo".

O predicador islâmico, que nega qualquer envolvimento no golpe fracassado, afirma dirigir uma rede de escolas, ONG e empresas destinadas a promover um islão progressista e erudito.

Após a tentativa de golpe de Estado, mais de 46.000 pessoas foram detidas e 100.000 despedidas ou suspensas dos seus empregos.

As purgas em larga escala, promovidas no decurso da instauração do estado de emergência em 20 de julho de 2016 ainda em vigor, têm ainda atingido os meios progressistas e pró-curdos e suscitado fortes críticas em diversas capitais e de organizações internacionais de direitos humanos.

Na segunda-feira, numa prisão perto de Ancara e sob fortes medidas de segurança, foi iniciado o processo de mais de 200 presumíveis instigadores do fracassado golpe militar.

Entre as 221 pessoas em julgamento no decurso deste processo, na sua larga maioria a cúpula militar que terá instigado o golpe, incluem-se 26 generais, e 12 civis. Atualmente, 200 pessoas estão sob detenção provisória, nove vão comparecer em liberdade e 12 estão em fuga, precisou a Anadolu.

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