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Cancelado ato de campanha de chefe da diplomacia turca na Holanda

O ato de campanha do chefe de diplomacia da Turquia, Mevlut Cavusoglu, previsto para sábado em Roterdão, Holanda, foi cancelado hoje pelo proprietário do local onde se ia realizar, depois da polémica suscitada pela visita do ministro turco.

Cancelado ato de campanha de chefe da diplomacia turca na Holanda
Notícias ao Minuto

20:43 - 08/03/17 por Lusa

Mundo Mevlüt Cavusoglu

Numa carta enviada ao Governo holandês, o autarca de Roterdão, Ahmed Aboutaleb, confirmou que o ato já não se vai celebrar, pelo menos no lugar previsto a 11 de março.

Segundo o autarca, o dono do local reservado para o evento, que poderia acolher cerca de 500 pessoas, retirou a autorização aos turco-holandeses que estavam a organizar o ato.

Ahmed Aboutaleb, que afirmou na carta que atuaria da mesma forma, tem estado durante a semana a negociar com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, uma forma legal para evitar que o ato de campanha ocorra em território holandês.

O autarca explicou que a decisão foi tomada "por razões de segurança" e acrescentou que o ministro turco já não vai visitar a Holanda antes da realização do referendo na Turquia, a 16 de abril.

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco tinha previsto participar num encontro em Roterdão para pedir apoio aos quase 300.000 turcos com nacionalidade holandesa que têm direito a votar no referendo, que pretende alterar a Constituição da Turquia.

O cancelamento do ato na Holanda ocorre depois de o chefe da diplomacia turca ter visto cancelados vários eventos na Alemanha este semana devido a uma proibição das autoridades alemãs.

O líder do Partido para a Liberdade (ultradireita holandesa), Geert Wilders, liderou hoje uma manifestação em frente à embaixada da Turquia em Haia para protestar contra a visita de políticos turcos ao país com o objetivo de fazer campanha para o referendo.

"O Governo deve declarar 'persona non grata' todos os ministros turcos até depois do referendo. E se mesmo assim insistirem em vir o embaixador turco deve ser expulso de imediato", disse aos jornalistas Geert Wilders.

Nas declarações aos jornalistas, o político afirmou que a Turquia é um "regime ditatorial" e criticou o primeiro-ministro holandês por ter uma "ação demasiado fraca" contra a visita de políticos turcos.

O referendo previsto para 16 de abril na Turquia pretende dar maior poder constitucional ao Presidente do país, Recep Tayyip Erdogan.

O chefe da diplomacia turca afirmou que vai ignorar todas as proibições e que não tem intenção de cancelar a visita, nem os atos de campanha planeados, os quais considera serem "um direito".

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