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"Guerra contra terrorismo vai provocar mais vítimas inocentes"

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, avisou hoje que na "guerra" contra o terrorismo travada pela França "haverá sem dúvida mais vítimas inocentes", mas disse estar convencido que os radicais vão ser derrotados.

"Guerra contra terrorismo vai provocar mais vítimas inocentes"
Notícias ao Minuto

20:50 - 15/07/16 por Lusa

Mundo Manuel Valls

Em entrevista à televisão pública francesa, Manuel Valls assegurou que o autor do ataque de quinta-feira à noite em Nice é um "terrorista sem dúvida, vinculado com o islamismo radical de uma forma ou outra" e agora é preciso determinar "quais foram os seus cúmplices ou vínculos com o terrorismo".

O primeiro-ministro quis daquela maneira acabar com as dúvidas que começaram a surgir em França por não se descobrir nenhum indício ou prova de que o autor do ataque, Mohamed Boulhel, obedeceu a ordens do grupo extremista Estado Islâmico.

"O Daesh (acrónimo árabe para Estado Islâmico) está a recuar na Síria e no Iraque. Fazemos de tudo para lutar contra o terrorismo, é uma guerra dentro e fora do país", afirmou Manuel Valls, recordando que a França vai reforçar os meios da coligação internacional.

Na entrevista, Manuel Valls recordou que durante a próxima semana realiza-se em Washington um "importante reunião" em que vai participar o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian.

Sobre as críticas feitas ao Governo por não ter garantido a segurança dos espetadores que assistiam ao fogo-de-artifício, na cidade do sul de França, o primeiro-ministro francês negou que o dispositivo fosse insuficiente e sublinhou que foi o mesmo que esteve em vigor durante o campeonato europeu de futebol e os festejos de Carnaval.

"Quem não está à altura da dor de França e do seu povo, não está à altura deste grande país", disse, antes de apelar para a unidade nacional, que se "impõe mais do que nunca".

Manuel Valls recordou que nos últimos três anos foram frustrados 15 tentativas de atentados terroristas.

O primeiro-ministro justificou também o prolongamento por mais três meses do estado de emergência com a "necessidade de continuar a mobilizar as forças de segurança" perante a ameaça do terrorismo.

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