Embaixador do Brasil quer "mecanismos financeiros exclusivos" para exportações
O embaixador brasileiro em Portugal defendeu hoje a criação de "mecanismos financeiros exclusivos" para apoiar as trocas comerciais entre os dois países, considerando necessário "um programa mais consistente de visitas setoriais", envolvendo o Governo.
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Mundo Trocas
"É importante que Portugal continue a fazer o trabalho no sentido de se mostrar ao Brasil", sublinhou Mário Vilalva durante a sua intervenção no seminário sobre investimento estrangeiro no Brasil.
Dando o exemplo da relação financeira entre o Brasil e Angola, que paga as importações brasileiras em petróleo, Vilalva defendeu "a criação de mecanismos financeiros exclusivos" voltados para o "mercado bilateral", acrescentando que isso é também essencial para o fortalecimento da relação económica entre Portugal e o Brasil.
Assumindo que o peso comercial da relação entre os dois países não espelha o "excelente relacionamento", o embaixador disse que esta "mudança radical vai exigir um grande esforço, um esforço entre empresários e governos".
Neste sentido, defendeu que as visitas setoriais deviam ser mais frequentes e mais bem coordenadas, incluindo pelo Governo.
É necessária uma "coordenação para um programa mais consistente de visitas setoriais ao Brasil", disse, lembrando que "Portugal é uma ponte para o mercado da UE e o Brasil também é uma ponte para o Mercado Mercosul".
Estas visitas, acrescentou, devem também incluir os importadores e não apenas os exportadores, como é tradicional nas missões organizadas pelas associações empresariais.
"Estas missões devem ter importadores e exportadores; importar também gera emprego e riqueza", vincou o diplomata.
Sobre os destinos das exportações e das novas oportunidades de negócio para os empresários portugueses no Brasil, Vilalva defendeu a "formulação de estratégias que levem em consideração as necessidades específicas e as regiões ainda pouco exploradas", apontando que "o norte e nordeste brasileiros estão ávidos de parceiros".
O embaixador considera que esta região tem "uma vocação natural para se relacionar com Portugal" devido à "proximidade geográfica, aos voos da TAP diretos e à presença progressiva da CPLP e de bancos".
CZA/MBA // JPS
Noticias Ao Minuto/Lusa
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