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Cerca de quatro milhões de pessoas sem água potável na capital do Chile
Cerca de quatro milhões de pessoas ficaram sem água potável em Santiago do Chile, devido ao efeito das fortes chuvas nos rios Maipo e Mapocho, que abastecem a cidade, informaram as autoridades.
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Mundo Temporal
"O número de pessoas afetadas superou os quatro milhões", afirmou o governador de Santiago do Chile, Claudio Orrego, atualizando o valor anterior (de cerca de três milhões).
Devido a este problema, foi declarado "alerta vermelho" para a zona metropolitana, uma medida que permite a mobilização de "todos os recursos necessários e disponíveis" em face da sua "extensão e gravidade", indicou o Gabinete Nacional de Emergência, sob alçada do Ministério do Interior.
"Estamos a ativar o plano de emergência que tínhamos definido para esta eventualidade. No ano passado compramos tanques especiais de acumulação de água e ativamos uma rede de camiões cisterna, que são aproximadamente 60", explicou Claudio Orrego.
O mesmo responsável indicou que a rede de emergência da região metropolitana se encontra plenamente ativada e que um comité técnico encarregar-se-á de indicar os lugares onde será feita distribuição da água.
A empresa Aguas Andinas, que fornece água potável na capital chilena, anunciou, em comunicado, que o abastecimento continua cortado porque "as condições de turbidez extrema da água não mudaram" no rio Maipo e num dos seus afluentes, o Mapocho, que fornecem a cidade.
A empresa decidiu cortar a água em 27 dos 52 municípios de Santiago durante pelo menos 24 horas, e reduzir a sua produção de água potável a 35% das necessidades.
Às águas dos rios Maipo e Mapocho ficaram turvas devido ao mau tempo que atinge a zona central do Chile, com as fortes chuvas que se abatem desde sexta-feira a provocarem deslizamentos de terras e de pedras.
Segundo a Agência Meteorológica do Chile, as chuvas "moderadas a fortes" vão continuar até hoje, embora se preveja que enfraqueçam na capital.
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