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Turquia e Israel próximos de acordo sobre normalização de relações

A Turquia e Israel estão "próximos" de um acordo sobre a normalização das relações diplomáticas, em crise desde o assalto em 2010 por forças israelitas a uma flotilha turca com destino a Gaza, indicou hoje um alto responsável turco.

Turquia e Israel próximos de acordo sobre normalização de relações
Notícias ao Minuto

13:59 - 16/02/16 por Lusa

Mundo Forças

"As discussões prosseguem. Estamos próximos de concluir um acordo mas ainda não foi garantido", comentou sob anonimato o mesmo responsável, citado pela agência noticiosa France-Presse.

Segundo diversos meios de comunicação turcos, as delegações dos dois países iniciaram nos últimos dias uma nova e discreta sessão de negociações em Genebra, na Suíça.

Em 2010, comandos israelitas intercetaram uma flotilha de barcos fretados por uma ONG islamita turca próxima do regime do atual Presidente Recep Tayyip Erdogan, que pretendia impor o bloqueio imposto a Gaza.

A operação provocou a morte de dez turcos e o congelamento das relações diplomáticas entre Ancara e o Estado hebraico.

Após diversos anos de relações muito tensas, também alimentadas por diversas declarações anti-israelitas de Erdogan, os dois países voltaram a reaproximar-se e permitiram o início de contactos na Suíça em dezembro.

A Turquia colocou três condições para uma normalização: desculpas públicas pelo incidente de 2010, indemnizações às vítimas e fim do bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

"Pedimos desculpas e obtivemo-las. Sobre as compensações, as negociações estão quase terminadas. O levantamento do bloqueio a Gaza permanece a nossa terceira condição", resumiu o responsável turco.

Na semana passada, o diário israelita Haaretz referiu que o ministro da Defesa do Estado hebraico, Moshe Yaalon, exigia por sua vez, no âmbito das conservações, a devolução dos corpos de dois soldados mortos em Gaza durante o verão de 2014.

Os analistas sugerem que o desejo de reaproximação manifestado por Ancara foi acelerado pela crise diplomática que caracteriza as suas atuais relações com a Rússia, com um interesse particular nas reservas de gás israelitas.

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