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Socialistas espanhóis querem ouvir Falciani sobre caso Swissleaks
O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) quer que o informático Hervé Falciani seja ouvido no parlamento espanhol para revelar o nome dos espanhóis que constam da lista de clientes do banco HSBC que alegadamente fugiam aos impostos.
© Reuters
Mundo Informática
"A presença de Falciani na Comissão de Finanças está em linha com a transparência e com a luta contra a fraude", considerou hoje María González, dirigente do partido espanhol.
Falciani retirou da filial suíça do HSBC uma lista de milhares de clientes que alegadamente fugiam ao fisco que depois entregou às autoridades francesas em 2008. A informação obtida por Falciani foi divulgada no domingo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação sob a designação 'Swissleaks'.
González afirmou que os socialistas espanhóis "seguiram este tema de muito perto" e revelou que vão questionar o executivo de Mariano Rajoy sobre se vão avançar com a reforma da Lei Geral Tributária, para que se possa conhecer a identidade de todos os sancionados por incumprimento da normativa tributária, ou seja, os espanhóis que integram a chamada "Lista Falciani".
Também questionado hoje sobre o mesmo tema, o ministro das Finanças de Espanha, Cristóbal Montoro, disse que os casos da "Lista Falciani" aconteceram na legislatura anterior (até 2011, com governo do PSOE), mas sublinhou que não passam de "um aperitivo" face às investigações que atualmente estão nos computadores da Agência Tributária.
"Tudo o que está a aparecer é da legislatura anterior, é um assunto antigo. Se isso vos parece interessante, imaginem o que há hoje, depois de tudo que se fez nesta legislatura. Tudo o que estão a ver é um aperitivo para o que está nos computadores da Agência Tributária", disse Montoro.
O ministro realçou que a nova legislação contra a fraude no estrangeiro aplicada na atual legislatura permitiu que cerca de 88 mil contribuintes espanhóis tenham regularizado perante o fisco bens que tinham no estrangeiro.
O governo espanhol admitiu que a regularização fiscal dos titulares das contas - não declaradas às finanças espanholas - que estavam na "Lista Falciani" constituiu a maior operação contra a fraude fiscal na história de Espanha.
Falciani foi detido em julho de 2012 em Barcelona, a pedido das autoridades suíças, que também pedem a sua extradição por violação do segredo bancário. No entanto, em dezembro foi posto em liberdade devido à sua colaboração com investigações sobre branqueamento de capitais e mesmo financiamento de terrorismo em vários Estados da União Europeia.
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