Irão rejeita declarações do chefe da diplomacia saudita sobre "ocupação" na Síria
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, rejeitou hoje as declarações do chefe da diplomacia saudita que defendeu, na véspera, que o Irão deveria retirar as suas forças de "ocupação" da Síria a fim de contribuir para uma resolução o conflito.
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"A República Islâmica do Irão é o mais importante país da região envolvido na luta contra o terrorismo. O Irão ajuda os governos e os povos iraquianos e sírios a combater o terrorismo no quadro das regras internacionais", declarou, citado pela televisão estatal.
"Nós aconselhamos a Arábia Saudita a prestar atenção aos complôs dos inimigos da região (...) e a desempenhar um papel positivo", frisou.
Na véspera, o príncipe saudita Saoud Al-Fayçal, acusou Teerão de ter forças na Síria que "combatem contra sírios", expressando "reservas sobre a política iraniana na região". "O Irão é uma parte do problema e não da solução", declarou.
"Neste caso, poderemos dizer que as forças iranianas na Síria são forças de ocupação", vincou, apontando que se o Irão pretende fazer parte da solução na Síria deve retirar as suas forças daquele país e que estas podem ser aplicadas noutros, como Iraque ou Iémen.
A Arábia Saudita e outras monarquias sunitas do Golfo apoiam os rebeldes sírios que tentam derrubar o regime do Presidente Baschar al-Assad.
O Irão, potência xiita regional, apoia, por seu turno, os governos sírio e iraquiano, tendo enviado conselheiros militares para ambas as nações.
Os dirigentes iraquianos de Bagdade e os curdos iraquianos afirmaram também que o Irão forneceu igualmente ajuda militar para o combate contra os 'jihadistas' do Estado Islâmico (EI).
O regime de Assad juntou-se à ajuda financeira e militar do Irão, apoiado também no terreno pelo movimento xiita libanês Hezbollah.
Entre os grupos que combatem o regime sírio figura o do Estado Islâmico que a Arábia Saudita e outros quatro países árabes bombardeiam no âmbito da campanha da coligação internacional contra os extremistas do EI conduzida pelos Estados Unidos.
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