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Retirados ativistas pró-Gaza acampados em frente à Sciences Po Paris

A polícia interveio hoje em frente ao Sciences Po, em Paris, para retirar os ativistas pró-Palestina que tinham montado tendas enquanto estudantes deste prestigiado instituto francês realizavam exames.

Retirados ativistas pró-Gaza acampados em frente à Sciences Po Paris
Notícias ao Minuto

22:16 - 06/05/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

Este movimento é inspirado nos protestos que agitaram cerca de quarenta campus nos Estados Unidos desde meados de abril. Em França, a mobilização estudantil para denunciar a situação em Gaza atingiu principalmente respeito a Sciences Po, que junta 5.000 a 6.000 estudantes em Paris, os seus campus regionais e a outros institutos de estudos políticos.

De acordo com a polícia, ocorreu uma intervenção policial a pedido da autarquia devido a 80 pessoas instaladas na via pública em frente ao Sciences Po Paris.

"Todas as pessoas foram retiradas pacificamente", acrescentou.

Uma estudante da Sciences Po, membro do Comité Palestiniano, que não quis revelar o seu nome, realçou à agência France-Presse (AFP) que decorreu um "encontro pacífico que durou duas horas", antes de a "polícia intervir" para retirar os manifestantes e três tendas.

Já ao início da manhã, cerca de vinte estudantes tinham-se reunido em frente ao estabelecimento na rua Saint-Guillaume, sem bloquear o acesso ao edifício, gritando "Israel assassino, cúmplice da Sciences Po" ou "A Palestina viverá, a Palestina conquistará ", antes de se deitarem no chão.

Os exames ocorreram normalmente, garantiram os responsáveis da instituição à AFP.

Em Reims, no nordeste de França, "houve um bloqueio na Sciences Po, os exames não puderam ser realizados pelos 500 alunos do primeiro ano (de um total de cerca de 1.000 alunos)", indicou a direção da Sciences Po.

Em Estrasburgo (leste), o edifício que alberga as instalações da escola de jornalismo (CUEJ) foi bloqueado por estudantes que denunciam o "tratamento mediático" da situação em Gaza, segundo um comunicado estudantil.

Estudantes do ensino secundário também foram chamados hoje a mobilizarem-se por Gaza.

A nível nacional, o Ministério da Educação identificou ao meio-dia "uma dezena de situações incluindo um único bloqueio, algumas tentativas e manifestações calmas em torno das escolas secundárias".

Na sequência da guerra entre Israel e o Hamas, o Exército israelita apelou nas últimas horas aos palestinianos para que abandonem imediatamente os bairros da parte oriental da cidade de Rafah, junto à fronteira com o Egito, perante a iminência de uma ofensiva em que as tropas de Telavive irão "usar força extrema contra organizações terroristas" em zonas residenciais.

As autoridades israelitas disseram que a operação envolveria cerca de 100 mil pessoas e argumentam que as últimas unidades ativas do grupo extremista Hamas estão em Rafah.

A comunidade internacional opõe-se firmemente a esta operação, para a qual as autoridades israelitas alertaram há várias semanas, uma vez que a cidade serve de refúgio a cerca de 1,4 milhões de palestinianos que fugiram de outras zonas do enclave, alvo de uma ofensiva israelita desde outubro de 2023.

O conflito atual foi desencadeado por um ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, com Israel a responder com uma ofensiva que já provocou cerca de 35 mil mortos, segundo balanços das duas partes.

O Hamas controla o pequeno enclave palestiniano com 2,4 milhões de habitantes desde 2007.

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