"É demais. Precisamos deixar claro aos Hutis que [os ataques] têm de parar e enviamos-lhes uma mensagem simples: preparem-se", afirmou Shapps à televisão britânica Sky News.

"Não há dúvida de que o Irão está por trás do que está a acontecer no Mar Vermelho", acrescentou o ministro britânico.

Os Hutis declararam hoje, através de um comunicado, que realizaram uma "operação (...) com um grande número de mísseis, balísticos e navais, e 'drones'' visando um navio norte-americano que fornecia ajuda à entidade sionista", mas não especificaram data ou local.

Esta é uma "primeira resposta ao ataque traiçoeiro às nossas forças em 31 de dezembro", acrescentaram os rebeldes iemenitas na nota.

Mais cedo, Shapps disse que as forças do Reino Unido e dos Estados Unidos repeliram "o maior ataque" dos rebeldes Hutis "até à data" no Mar Vermelho.

"Durante a noite [de terça-feira], o navio britânico HMS Diamond e os navios de guerra norte-americanos repeliram com sucesso o maior ataque até à data dos Hutis apoiados pelo Irão no Mar Vermelho", escreveu o ministro na rede social X (antigo Twitter).

"O Diamond frustrou vários ataques de 'drones' de que estava a ser alvo assim como contra navios mercantes que se encontravam na zona", acrescentou o ministro, frisando que não se registaram feridos entre a tripulação nem danos no navio britânico.

O Comando dos Estados Unidos para o Médio Oriente (Centcom) afirmou que os Hutis "lançaram um ataque complexo concebido pelo Irão no sul do Mar Vermelho, utilizando 'drones', mísseis de cruzeiro e um míssil balístico".

Os aparelhos aéreos não tripulados ('drones') e os mísseis foram abatidos por caças do porta-aviões norte-americano Dwight D. Eisenhower, três contra torpedeiros norte-americanos e um navio de guerra britânico, o HMS Diamond, afirmou o Centcom num comunicado.

As forças internacionais destacadas para o Mar Vermelho responderam a um novo incidente de segurança ao largo da costa norte do Iémen, uma região sob o controlo dos rebeldes Hutis, informou a agência britânica de segurança marítima UKMTO.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, a 07 de outubro, os Hutis, que controlam uma grande parte do Iémen, intensificaram os ataques no Mar Vermelho para impedir o tráfego marítimo internacional, alegando solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza.

Segundo o Centcom, o ataque de terça-feira à noite foi o 26.º que visou a navegação comercial no Mar Vermelho desde o ano passado.

O ataque ocorreu no momento em que o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, encontrava-se em Israel, no âmbito de uma digressão regional destinada, entre outros objetivos, a evitar o alastramento da guerra entre Israel e o Hamas.

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