Meteorologia

  • 19 MAIO 2024
Tempo
18º
MIN 12º MÁX 21º

Detidas cinco pessoas acusadas de genocídio em Srebrenica em 1995

A polícia bósnia deteve hoje cinco pessoas suspeitas de participarem num genocídio em 1995 em Srebrenica, cidade onde tropas sérvias da Bósnia mataram mais de 8.000 homens e meninos durante a guerra étnica nos Balcãs.

Detidas cinco pessoas acusadas de genocídio em Srebrenica em 1995
Notícias ao Minuto

16:35 - 12/09/23 por Lusa

Mundo Bósnia

A polícia também realizou buscas e apreensões durante a operação, realizada em várias cidades da Republika Srpska, uma entidade dirigida pelos sérvios que abrange cerca de metade do território da Bósnia, afirmou a Agência Estatal de Investigação e Proteção da Bósnia, em comunicado.

O portal de notícias bósnio Klix adiantou ainda que as pessoas detidas são ex-oficiais e soldados do exército sérvio da Bósnia que alegadamente ajudaram a capturar e matar cerca de 70 homens e meninos e uma mulher durante o massacre de Srebrenica.

A maioria dos milhares de vítimas do massacre era bósnia, um grupo étnico maioritariamente muçulmano, e as Nações Unidas declararam as execuções brutais ocorridas nos últimos dias da guerra da Bósnia (1992-1995) como um ato de genocídio.

Os sérvios bósnios recusaram-se, no entanto, a reconhecer a dimensão do crime.

Embora tenham passado várias décadas desde o massacre, os restos mortais das vítimas continuam a ser desenterrados de valas comuns à volta de Srebrenica, onde as tropas sérvias da Bósnia tentaram esconder os assassinatos.

O conflito da Bósnia terminou com um acordo de paz mediado pelos Estados Unidos no final de 1995, que criou duas entidades: a Republika Srpska, dominada pelos sérvios, e uma bósnio-croata.

As duas regiões autónomas da Bósnia têm uma ligação instável, criada através de instituições conjuntas, mas as tensões étnicas e o impulso dos sérvios para se separarem do Estado conjunto com bósnios e croatas continuam a atormentar o país.

O líder nacionalista sérvio-bósnio, Milorad Dodik, enfrentou sanções dos EUA e do Reino Unido pelas suas políticas separatistas, mas conta com o apoio da Rússia, alimentando os receios ocidentais de instabilidade.

Leia Também: Ucranianos protestam em Nova Iorque contra "silenciamento do genocídio"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório