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"Cobri-me com sangue". Juluis conta como sobreviveu a ataque no Uganda

O jovem está entre as seis pessoas que conseguiram sobreviver ao ataque que durou várias horas e causou a morte a 42 pessoas, sendo 37 estudantes, na noite da passada sexta-feira, no dormitório de uma escola secundária.

"Cobri-me com sangue". Juluis conta como sobreviveu a ataque no Uganda
Notícias ao Minuto

11:33 - 21/06/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Mpondwe

O estudante Julius Isingoma, que sobreviveu ao ataque da semana passada, realizado por rebeldes islâmicos, no dormitório da escola secundária de Lhubiriha, na cidade de Mpondwe, no Uganda, contou como conseguiu escapar com vida.

Embora não tendo identificado os agressores, o jovem começou por relatar que os homens armados iniciaram o ataque por volta das 22h (hora local).

Segundo Julius, os homens foram até ao dormitório masculino, mas os alunos tinham trancado a porta ao perceber que corriam perigo. "Quando não conseguiram abrir a porta, atiraram uma bomba para dentro do dormitório e depois usaram martelos e machados para arrombar a porta", relatou, no Hospital Geral de Bwera, citado pela BBC News.

O rapaz estava atrás de vários colegas que formaram uma barreira perto da porta e foram mortos a tiro quando os agressores entraram no dormitório. À medida que os alunos eram baleados, esfaqueados ou mortos a tiros, Julius subiu rapidamente para cima de um beliche, tirou algumas tábuas de madeira do teto e entrou lá dentro para se esconder.

De lá, assistiu à morte dos seus colegas assassinados pelos criminosos, que atearam fogo em colchões e foram embora após o ataque. Nesse momento, com o fumo, Julius caiu no dormitório e os autores do ataque ouviram o barulho e voltaram.
 
Foi nesse momento que Julius soube que precisava sair vivo dali. "Deitei-me ao lado dos corpos ensanguentados dos meus amigos e pensei muito rápido. Cobri-me com muito sangue nas orelhas, na boca e na cabeça e quando os agressores chegaram, verificaram o meu pulso e foram embora", relatou.
 
Julius está entre as seis pessoas que conseguiram sobreviver ao ataque que durou várias horas e causou a morte a 42 pessoas, sendo 37 estudantes, na noite da passada sexta-feira.

Leia Também: Uganda deteve 20 pessoas por ataque a escola pelos rebeldes das ADF 

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