Autoridade da Palestina diz que expulsão de advogado é "crime de guerra"
A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), com autogoverno limitado em pequenas áreas da Cisjordânia ocupada, condenou, este domingo, a expulsão por Israel do advogado franco-palestiniano Salah Hamouri qualificando-a de "crime de guerra".
© Reuters
Mundo Palestina
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina afirmou que a ANP "condena nos termos mais fortes o deslocamento forçado de Salah Hamouri da sua cidade natal, Jerusalém".
A expulsão do advogado para França "é um passo ultrajante cometido pela ocupação ilegal de Israel, acrescentando à sua longa lista de crimes cometidos contra o povo palestino", acrescentou.
Israel diz que o advogado - nascido e criado em Jerusalém - é um "agente" da Frente Popular de Libertação da Palestina (PFLP), grupo que considera terrorista, enquanto a defesa e Hamouri negam e garantem que não há provas que comprovem tal acusação.
A França condenou a expulsão por Israel do advogado franco-palestiniano, detido desde março sem acusação formal em prisões israelitas, e que este domingochegou a Paris.
"Condenamos hoje a decisão das autoridades israelitas, contrária à lei, de expulsar Salah Hamouri para França", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, num comunicado à imprensa.
Salah Hamouri, de 37 anos, foi deportado hoje de manhã para a França, de acordo com um comunicado do Ministério do Interior de Israel, depois de ter sido condenado em março a três meses de detenção administrativa, uma medida controversa que permite a Israel deter suspeitos sem acusações formais.
Hamouri chegou este domingo de manhã ao aeroporto Roissy de Paris por volta das 10:20 GMT (09:20 em Lisboa), saudado pela mulher e dezenas de pessoas, nomeadamente vários representantes eleitos, de organizações não-governamentais e apoiantes da causa palestiniana, segundo a agência AFP.
"Desde a sua última prisão, a França está totalmente mobilizada, inclusive ao mais alto nível do Estado, para garantir que os direitos de Salah Hamouri serão respeitados, que ele beneficie de todos os recursos possíveis e que possa levar uma vida normal em Jerusalém, onde nasceu, reside e deseja viver", salientou o ministério francês.
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