Irão. Convocada sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU
A Alemanha e a Islândia convocaram hoje uma reunião especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o Irão, na sequência da repressão do regime aos protestos pelos direitos das mulheres, às ameaças contra jornalistas e outras violações.
© Jenny Matthews/In Pictures via Getty Images
Mundo Irão
O pedido, elaborado pela Alemanha e Islândia, foi apoiado por um total de 44 países membros deste órgão das Nações Unidas, pode ler-se na carta conjunta divulgada pelos representantes da Alemanha e da Islândia.
Para a realização de uma sessão especial é necessária a aprovação de um terço dos atuais 47 membros deste conselho.
Os dois países, que divulgaram ter o apoio necessário, solicitaram que a sessão especial decorra em 24 de novembro "se possível".
A realização da sessão deste órgão da ONU com sede em Genebra, na Suíça, deve ser confirmada na segunda-feira, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Na carta enviada aos países, a Alemanha salientou que a reunião pretende "abordar a deterioração da situação dos direitos humanos na República Islâmica do Irão, especialmente no que diz respeito a mulheres e crianças".
Os protestos no Irão foram desencadeados após a morte de Mahsa Amini em 16 de setembro, três dias depois de ter sido detida em Teerão pela chamada 'polícia dos costumes', que a acusou de violar o rígido código de indumentária, "abriram caminho" para este tipo de ataque.
No total, segundo a organização não-governamental Iran Human Rights (IHR), pelo menos 304 pessoas foram mortas na repressão às manifestações que decorrem em todo o país desde a morte da jovem curda Mahsa Amini, a 16 de setembro.
O movimento de protesto, desencadeado em meados de setembro pela revolta das mulheres contra a exigência de uso do véu, é agora dirigido contra o regime religioso, que enfrenta um desafio sem precedentes desde a Revolução Islâmica de 1979.
Desde que os protestos eclodiram, os Estados Unidos e a União Europeia (UE) impuseram sanções adicionais ao Irão pelo seu tratamento brutal aos manifestantes e a sua decisão de enviar centenas de 'drones' à Rússia para a utilização na sua guerra na Ucrânia.
Espera-se que os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE cheguem a acordo para sanções adicionais esta segunda-feira.
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