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EUA sancionam presidente do Senado haitiano por tráfico de drogas

Os Estados Unidos aplicaram sanções contra dois políticos haitianos, incluindo o atual presidente do Senado, acusados de "contribuírem ativamente" para o tráfico de drogas naquela ilha, divulgou esta sexta-feira o Departamento do Tesouro norte-americano.

EUA sancionam presidente do Senado haitiano por tráfico de drogas
Notícias ao Minuto

06:23 - 05/11/22 por Lusa

Mundo EUA

As sanções visam Joseph Lambert, atual presidente do Senado, bem como um de seus antecessores, Youri Latortue, que ocupou o cargo em 2017 e que é também primo do ex-primeiro-ministro Gérard Latortue.

Estas sanções "mostram claramente que os Estados Unidos estão determinados em responsabilizar e impor consequências àqueles que estão na origem da violência e dos distúrbios no país", sublinhou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

O Governo canadiano, país que também conta com uma grande comunidade haitiana, também se juntou às sanções norte-americanas, adotando medidas semelhantes, referiu o Departamento do Tesouro em comunicado.

Os dois homens foram acusados pela administração do Presidente Joe Biden de se terem "aproveitado da sua posição oficial para operar o narcotráfico e colaborar com redes criminosas a fim de enfraquecer o Estado de Direito no Haiti", realçou o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, citado na nota de imprensa.

Por seu lado, o Departamento de Estado anunciou a proibição de entrada nos Estados Unidos a Joseph Lambert, acusado de "violações flagrantes dos direitos humanos" e corrupção, bem como contra membros da sua família.

Lambert e Latortue também terão todos os seus bens e propriedades congeladas nos Estados Unidos, bem como qualquer empresa em que os dois homens sejam acionistas maioritários, direta ou indiretamente.

Além disso, qualquer pessoa que realize transações comerciais com as pessoas visadas pode, por sua vez, ser alvo de sanções, especifica o Departamento do Tesouro norte-americano.

A Casa Branca também enfatizou esta sexta-feira que "estão em andamento discussões" para restabelecer uma força multinacional na ilha.

"Estamos atualmente a discutir com vários parceiros sobre esta matéria", explicou Kirby, lembrando que nenhuma decisão foi tomada sobre a participação de nenhum Estado em particular, mas garantindo que "esta força estaria limitada" à prestação de assistência humanitária.

Na segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ao Conselho de Segurança que é necessária uma ação urgente para enviar uma força multinacional ao país para acabar com o "pesadelo".

O Haiti está quase completamente paralisado por grupos armados que impuseram, desde setembro, bloqueios em vários eixos essenciais, bem como na entrada do principal terminal petrolífero do país, causando restrições à gasolina e à água potável.

A polícia lançou na quarta-feira uma operação para recuperar o controlo do terminal, numa iniciativa que continuou na quinta-feira para limpar as estradas ao redor, depois do terminal ter sido retomado.

Desde o homicídio do Presidente Jovenel Moise, em 07 de julho de 2021, a situação política e económica do Haiti tem vindo a agravar-se. O vazio de poder rapidamente se tornou numa crise de segurança, com assassínios e raptos a ocorrerem diariamente, especialmente nos bairros limítrofes da capital.

Leia Também: Maduro pede a Guterres que Venezuela recupere direito de voto na ONU

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