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RD Congo: Pelo menos 12 mortos num ataque de alegados rebeldes ugandeses

Pelo menos 12 civis foram mortos num ataque por rebeldes ugandeses da milícia islâmica Forças Democráticas Aliadas (ADF), no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), hoje confirmado por fontes da sociedade civil e do exército congolês.

RD Congo: Pelo menos 12 mortos num ataque de alegados rebeldes ugandeses
Notícias ao Minuto

15:39 - 06/04/21 por Lusa

Mundo RD Congo

O ataque ocorreu este domingo na aldeia de Maelekwe, localizada no território de Beni, na província do Kivu do Norte, e o número de mortos confirmados subiu ao longo da noite de quatro para 12. Um número indeterminado de pessoas encontra-se em paradeiro desconhecido.

Os rebeldes das ADF começaram por cercar os campos em redor da aldeia, onde mataram alguns civis, e depois atacaram e queimaram casas na aldeia.

"Alguns civis foram mortos nas suas casas, outros desapareceram. Os assaltantes levaram mantimentos de casas que foram saqueadas e queimadas", disse o líder da sociedade civil de Beni, Kizito Ben Hango, em declarações por telefone à agência EFE.

"Alertámos o exército, que respondeu, mas demasiado tarde. A ameaça continua a sentimo-nos inseguros", acrescentou a mesma fonte.

O porta-voz das Forças Armadas da RDCongo confirmou o ataque, e sublinhou que os militares precisam da ajuda da população para conter os rebeldes.

"O exército está presente, mas deve ser apoiado pela população. Fazemos um pedido de colaboração à sociedade civil", afirmou Mak Hazukay, também em declarações pelo telefone à EFE.

Jovens do território de Butembo e da província vizinha de Ituri, também no nordeste da RDCongo, convocaram uma greve de seis dias em protesto contra a ineficácia do exército, e exigiram a partida da missão de manutenção da paz da ONU no país (Monusco), que tem cerca de 15.000 capacetes azuis deslocados no país.

As ADF atuam desde 1996 e tiveram origem no Uganda ocidental, enquanto protesto político e armado contra o regime do Presidente daquele país vizinho da RDCongo, Yoweri Museveni, a quem acusam de ser anti-muçulmano.

As incursões do movimento - incluído na lista dos grupos terroristas associados ao Estado Islâmico e à Al-Qaida pelo Departamento de Estado norte-americano em meados de março - em território congolês no último ano têm sido frequentes e particularmente violentas.

Segundo um relatório recente publicado pelo Kivu Security Tracker - um projeto conjunto do Congo Research Group, sedeado na Universidade de Nova Iorque, e da Human Rights Watch -, um total de 122 grupos armados permanecem ativos no leste da RDCongo, espalhados pelas províncias do Kivu Norte, Kivu Sul, Ituri e Tanganica.

Leia Também: RDCongo. ONU pede ajuda de 585 milhões de dólares para apoiar refugiados

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