Meteorologia

  • 17 MAIO 2024
Tempo
13º
MIN 12º MÁX 21º

Rebeldes acusam coligação dirigida por Riade de escalada no Iémen

Os rebeldes Huthis do Iémen acusaram hoje a coligação dirigida por Riade de uma "grave escalada em Hodeida, passível de dinamitar o acordo" realizado em dezembro em Estocolmo sobre tréguas e uma redistribuição de forças naquela cidade.

Rebeldes acusam coligação dirigida por Riade de escalada no Iémen
Notícias ao Minuto

11:34 - 20/09/19 por Lusa

Mundo Riade

"Os ataques aéreos intensivos sobre Hodeida são uma grave escalada passível de dinamitar o acordo na Suécia", declarou Mohammed Abdessalem, um dos dirigentes dos Huthis, citado pela televisão dos rebeldes xiitas Al-Massirah, um dia depois de bombardeamentos anunciados pela coligação.

"A coligação será responsabilizada pelas consequências desta escalada e a posição das Nações Unidas sobre isto será observada com atenção", adiantou.

A coligação dirigida pela Arábia Saudita, que intervém no Iémen desde março de 2015 ao lado do governo reconhecido internacionalmente, anunciou ter lançado na quinta-feira uma operação militar contra os rebeldes apoiados pelo Irão, a primeira desde os ataques de 14 de setembro contra instalações petrolíferas sauditas, reivindicados pelos Huthis.

A aliança militar destruiu quatro locais situados a norte da cidade portuária de Hodeida, utilizados pelos rebeldes para montar embarcações telecomandadas e minas marítimas, indica um comunicado divulgado pela agência noticiosa saudita SPA.

Os locais são qualificados de ameaças à segurança marítima no estreito de Bab al-Mandeb e no sul do mar Vermelho.

Pouco antes do anúncio daquela operação militar, a coligação afirmou ter impedido um ataque com uma embarcação armadilhada sem tripulação.

"A força naval da coligação detetou uma tentativa da milícia terrorista Huthi ligada ao Irão de realizar um ato hostil e terrorista iminente no sul do mar Vermelho utilizando uma embarcação telecomandada armadilhada", indicou a coligação num comunicado.

A embarcação foi lançada "a partir do distrito de Hodeida", no oeste do Iémen, adiantou, sem precisar o alvo da embarcação, que foi destruída.

Sobre a navegação ao largo de Hodeida, o responsável rebelde acusou a coligação de reter várias embarcações, impedindo-as de descarregarem o que transportam nos portos da cidade.

Este ato equivale a "um ato de guerra e a uma agressão", afirmou Mohammed Abdessalem.

Os Huthis continuam a ocupar o porto de Hodeida apesar do acordo mediado pelas Nações Unidas de 13 de dezembro de 2018, que previa a cedência do controlo das instalações portuárias a forças neutras (antigos agentes alfandegários) e uma redistribuição das forças rebeldes e do governo à volta da cidade.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório