Presidente dos Camarões convoca diálogo para travar conflitos armados
O Presidente dos Camarões, Paul Biya, anunciou, na terça-feira, que pretende "convocar um grande diálogo nacional" no final de setembro para tentar acabar com o conflito entre grupos separatistas e as forças de segurança.
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Mundo Camarões
"Decidi convocar, para o final deste mês, um grande diálogo nacional (...) que nos vai permitir analisar as formas de responder às aspirações profundas das populações do noroeste e do sudoeste", bem como às dos restantes elementos da nossa nação, disse o chefe de Estado, de 86 anos, durante um discurso transmitido pela rádio e televisão nacionais.
De acordo com os dados da organização Human Rights Watch, citados pela agência France-Presse (AFP), os conflitos entre os grupos separatistas e as autoridades já provocaram mais de 2.000 mortos desde 2017 e forçaram mais de 530 mil pessoas a deixar as suas casas.
Durante a sua intervenção, Biya reiterou ainda a sua oferta de "perdão" aos separatistas que "baixem, voluntariamente, as armas".
Porém, alertou que aqueles que se recusarem a cessar os confrontos vão sofrer "todo o rigor da lei".
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, já saudou o início deste processo de diálogo.
De acordo com uma publicação na página da rede social Twitter do porta-voz das Nações Unidas, Guterres encorajou o Governo dos Camarões a garantir que o processo é inclusivo e que inclui os desafios que o país enfrenta.
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