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Chefe do executivo de Hong Kong denuncia "tumultos organizados"

A chefe do executivo da região administrativa especial chinesa colocou em causa os manifestantes que entraram hoje em confronto com a polícia denunciando "tumultos organizados", após os protestos contra a lei de extradição para a China continental.

Chefe do executivo de Hong Kong denuncia "tumultos organizados"
Notícias ao Minuto

19:17 - 12/06/19 por Lusa

Mundo Carrie Lam

"Tumultos que afetam uma sociedade pacífica ignorando a lei e a disciplina são inaceitáveis para qualquer sociedade civilizada", realçou Carrie Lam num vídeo.

"É óbvio que não se trata de manifestações pacíficas, mas de tumultos abertamente organizados", acrescentou Lam na sua primeira reação aos confrontos violentos ocorridos hoje entre polícias e manifestantes que contestavam a proposta de lei da extradição.

Milhares de manifestantes juntaram-se hoje nas imediações do Conselho Legislativo de Hong Kong, que se preparava para debater a proposta de lei da extradição.

Proposto em fevereiro e com uma votação final prevista para antes do final de julho, o texto permitiria que a chefe do executivo e os tribunais de Hong Kong processassem pedidos de extradição de jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

Em teoria, os tribunais locais analisariam os casos individualmente e poderiam usar o poder de veto para impedir certas extradições naquela região administrativa especial da China e antiga colónia britânica.

Os defensores da lei argumentam que, caso se mantenha a impossibilidade de extraditar suspeitos de crimes para países como a China, tal poderá transformar Hong Kong num "refúgio para criminosos internacionais".

Os manifestantes dizem temer que Hong Kong fique à mercê do sistema judicial chinês como qualquer outra cidade da China continental e de uma justiça politizada que não garanta a salvaguarda dos direitos humanos.

A transferência de Hong Kong e Macau para a República Popular da China, em 1997 e 1999, respetivamente, decorreu sob o princípio 'um país, dois sistemas', precisamente o que os opositores às alterações da lei garantem estar agora em causa.

Para as duas regiões administrativas especiais da China foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, sendo o Governo central chinês responsável pelas relações externas e defesa.

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