Prolongada prisão preventiva para detidos pelo acidente ferroviário
Um tribunal do Norte do Cairo prorrogou hoje por 15 dias a prisão preventiva dos seis detidos pelo acidente ferroviário na estação de Ramsés, a principal do Cairo, que causou 22 mortos e 41 feridos, noticia a Efe.
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Mundo Cairo
Os detidos, para os quais o Ministério Público tinha pedido uma prisão preventiva de quatro dias, admitiram uma atitude negligente perante o juiz na sessão que decorreu hoje.
As forças de segurança transferiram os suspeitos, incluindo o condutor da locomotiva e um assistente ferroviário, para a esquadra de Azbakeya, localizada no distrito com o mesmo nome.
A procuradoria do Norte do Cairo acusou os suspeitos de comportamento negligente que resultou em homicídios e danos na propriedade pública.
De acordo com as investigações preliminares, o acidente da passada quarta-feira deveu-se a uma negligência do condutor, que abandonou o veículo sem acionar os travões depois de um acidente com outra viatura.
A locomotiva sem condutor ganhou velocidade e acabou por chocar com a barreira de cimento e metal no final da movimentada estação de comboios de Ramsés, no centro do Cairo. A explosão e consequente incêndio atingiram as pessoas que estavam na plataforma da estação.
Pouco depois do acidente, o ministro dos Transportes Hisham Arafat demitiu-se, tendo sido substituído temporariamente pelo ministro da Eletricidade Mohamed Shaker.
No Egito são frequentes os acidentes ferroviários devido ao mau estado das vias e dos veículos, assim como à falta de um sistema moderno de sinalização e controlo de tráfego.
O acidente mais grave na história do Egito aconteceu em 2002, quando morreram 376 pessoas devido ao incêndio de um comboio que fazia o trajeto entre o Cairo e a cidade de Luxor, no sul do país.
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