Barragem: Exército está a abater animais vivos cujo resgate é difícil
Há equipas no terrenos dedicadas ao resgate de animais, mas também à sua execução, caso não exista outra possibilidade.
© Reuters
Mundo Brasil
O chefe da Defesa Civil de Minas Gerais, o coronel Evandro Geraldo Borges, confirmou ao jornal Estadão que os animais encontrados com vida, que estejam encurralados na lama e sem hipótese de resgate, são abatidos.
"O que vamos fazer? Deixar o animal a sofrer? Estamos sim, com uma equipa em campo a executar esse trabalho, mas essa decisão só é tomada nos casos em que não há outra opção", afirmou.
Evandro Geraldo Borges sublinhou à publicação brasileira que há outra equipa encarregue de socorrer animais que estejam "em condições de ser retirados" da lama. Porém, em muitas situações, tem de ser tomada a difícil decisão: "Não tem jeito. Há animais presos, outros com pernas partidas. Temos de fazer escolhas, de retirar as pessoas, ir atrás de sobreviventes. Tudo o que está sendo feito foi pensado".
A polícia federal (PRF) informou, através de comunicado, que o sacrifício dos animais é realizado tendo em conta todos os protocolos de segurança e "a pedido e sob a coordenação de uma veterinária, integrante do Conselho de Veterinária de Minas Gerais e supervisionado pelo comando das operações de resgate".
Sublinhe-se que o resgate de um cadáver, nas condições em que se encontra o terreno no local, pode demorar várias horas. No caso de um animal vivo, em sofrimento, principalmente se for de grande porte, a situação é ainda mais demorada e perigosa.
A rutura da barragem Mina do Feijão, no município de Brumadinho, da empresa de mineração Vale, ocorreu na sexta-feira e causou uma avalanche de lama e resíduos minerais, provocando pelo menos 65 mortos, segundo o último balanço das autoridades.
Das 65 vítimas mortais confirmadas até ao momento, 31 já foram identificadas, havendo ainda 279 desaparecidos, 192 pessoas resgatadas, 386 localizadas e 135 desalojadas.
As buscas por vítimas encontram-se no quarto dia, e, segundo as autoridades, o número de mortes deve aumentar.
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