Beber para esquecer não faz sentido, diz a ciência
E tudo porque as bebidas alcoólicas nada mais fazem do que intensificar as más memórias.
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Lifestyle Estudo
Uma das cenas mais comuns do cinema ou até mesmo das séries de televisão inclui uma pessoa triste a beber cerveja ou até mesmo vodca de forma excessiva para esquecer um problema amoroso ou um arrufo no trabalho. Resultado? Uma valente ressaca, para começar, e um sentimento de culpa, frustração e raiva ainda maior.
Beber para esquecer é um disparate… afinal, as bebidas alcoólicas nada mais fazem do que intensificar as más memórias. Esta é a conclusão de um recente estudo da Universidade John Hopkins (nos Estados Unidos) e publicado na revista Translational Psychiatry.
Para a investigação, conta o site Buena Vida do jornal AS, foram usados ratos de laboratório divididos em dois grupos: um em que a bebida administrada era água e um outro em que apenas eram ingeridas bebidas alcoólicas. Os animais tiveram que beber os líquidos num mesmo período de tempo, duas horas.
Numa segunda fase da investigação, os animais tiveram que ouvir um mesmo som e ser alvo de uma descarga elétrica. O procedimento foi repetido no dia seguinte, tendo-se excluído a descarga elétrica. O comportamento cerebral dos bichos foi monitorizado e os investigadores norte-americanos conseguiram notar uma maior sensação de medo nos ratos que beberam bebidas alcoólicas, uma vez que ficaram com a má recordação da descarga elétrica em mente.
Em causa, lê-se na publicação, está o impacto nocivo que o álcool tem nos recetores do neurotransmissor glutamato, deixando-o incapaz de estabelecer uma comunicação neural correta.
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