Ganhar uma vez pode ser sorte, ganhar duas também. Ganhar três já é sinal de qualidade, mas e ganhar pela quarta vez? Pois bem, Unai Emery levou o Villarreal ao topo do futebol europeu. Os espanhóis levaram a melhor sobre o Manchester United na final da Liga Europa, disputada na noite de quarta-feira em Gdansk, na Polónia, depois de uma maratona de penáltis (foram 22 penáltis e apenas um deles não foi golo). 

Emery conquistou, assim, pela quarta vez a Liga Europa, desta vez ao serviço do Villarreal contra todos os prognósticos. Não há ninguém com igual registo. No entanto, Emery não foi o único protagonista. Bem pelo contrário. Vamos a eles. 

Figura 

Rulli fica diretamente ligado à primeira grande conquista do Villarreal. O guardião argentino marcou o 11.º penálti dos espanhóis e depois regressou à baliza para defender a grande penalidade do compatriota e colega de posição David De Gea. É mesmo preciso dizer mais? 

Surpresa 

Scott McTominay fez um jogo de grande qualidade em Gdansk. Foi sempre o elemento mais esclarecido do United, quer a atacar, quer a defender. Uma exibição completa do médio escocês que justificou totalmente a aposta de Ole Gunnar Solskjaer na sua titularidade. 

Desilusão 

A final de ontem nem sempre foi bem disputada e Marcus Rashford acabou por ser o jogador que mais longe esteve do nível habtiual. O craque inglês esteve sempre muito desastrado e não aproveitou as poucas oportunidades que teve ao longo do jogo. Apesar de estar a realizar um mau jogo, Solskjaer apostou em mantê-lo até final. No final acabou em lágrimas. 

Treinadores 

Unai Emery 

Já falámos dele e pouco há a acrescentar. Sim, o Villarreal não entusiasma pela forma demasiado racional como se organiza em campo. No entanto, esta equipa espanhola é muito certinha a defender e no ataque tem craques que podem resolver jogos com recurso a poucas oportunidades. Mérito total nesta conquista. Ah, e vale recordar que esta conquista coloca o Villarreal diretamente na fase de grupos da próxima Liga dos Campeões. 

Ole Gunnar Solskjaer

O United era favorito e cedo tentou assumir o jogo, embora de forma inconsequente. Sofreu o golo, foi atrás do prejuízo e conseguiu restabelecer o empate. Apenas após 100 minutos de jogo, e em pleno final de época, é que Solskjaer decidiu que era hora de mexer. Uma decisão discutível quando era evidente que havia jogadores que estavam longe de estar no máximo das suas capacidades. 

Árbitro 

Clément Turpin teve de lidar com um jogo de alta pressão para as duas equipas mas quase sempre decidiu bem. Nos lances mais polémicos esperou pelo veredicto do VAR para tomar uma decisão final. Não quis ser protagonista e não foi por culpa deste árbitro francês que o jogo foi algo atabalhoado. 

Leia Também: Liga Europa: As melhores imagens da final entre Villarreal e Man. United

Leia Também: Villarreal afunda United e vence Liga Europa após maratona de penáltis