"Não temos margem para baixar fortemente os impostos"
O novo ministro da Economia diz que as exportações “não aceleraram durante o período do ajustamento”, mas sim durante o governo de Sócrates.
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Economia Caldeira Cabral
O ministro da Economia considera que “todos os impostos sobre os fatores de produção têm um efeito negativo na competitividade”, mas diz que, atualmente, Portugal não tem “margem para baixar fortemente os impostos”.
“O país não tem condições para baixar indiscriminadamente os impostos a todas as empresas”, diz Manuel Caldeira Cabral em entrevista ao Público.
“O que se vai fazer são descidas moderadas dos impostos que removem alguns dos aumentos dos anos passados”, até porque o país tem de dar confiança em termos da consolidação orçamental, e nessa área não tem “margem para dar melhores condições competitivas”.
Manuel Caldeira Cabral diz que não haverá “intervenções específicas em setores concretos”, mas antes um apoio às empresas que lhes permita “simplificar a vida”.
A solução passa, na opinião do novo ministro, por apostar nos fundos estruturais, como o banco de fomento, e no crescimento da procura interna para financiar empresas e aumentar exportações.
“A contração da procura interna em nada ajudou as nossas empresas exportadoras” e “não houve uma aceleração das exportações durante o período do ajustamento”, assegura o ministro.
Houve antes “uma manutenção do crescimento das exportações à custa de um esforço muito grande das empresas”, mas os anos em que este foi maior foram 2006 e 2007, 2010 e 2011, assegura, anos de governo socialista liderado por José Sócrates.
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