"Não há solução para um país sem crescimento económico"
Num programa onde se abordou o problema da burocracia, nomeadamente num período em que é necessário investimento estrangeiro, Medina Carreira considerou que subsistem ainda vários problemas a este nível. Mas sublinhou um ponto “a ideia está longe de ser capaz de sustentar o Estado” e não há outra forma de pôr “a economia se não houver investimento”.
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Economia Medina Carreira
No seu programa de comentário na TVI24, Medina Carreira abordou esta segunda-feira o problema da burocracia em Portugal. Considerando que o país precisa de atrair investimento, o antigo ministro afirmou que é necessário pôr o país a andar e simplificar o sistema para os investidores.
Aqui elencou um conjunto de problemas ou situações, nomeadamente a fiscalidade, a corrupção, o regime laboral, a preparação técnica, entre outros.
“Não temos solução capaz para o país se não houver crescimento económico. A economia está longe de ser capaz de sustentar o Estado. Não há outra maneira de pôr a economia a andar se não houver investimento”, disse o antigo ministro numa primeira fase.
Depois referindo que para haver investimento estrangeiro é necessária atratividade do país, o comentador referiu um conjunto de situações contrárias a esta condição. Temos “uma fiscalidade horrível, burocrática, pesada e mutável todos os anos. Agora está um bocado encaminhada porque tem de se arranjar dinheiro”, explicou.
Mas, além deste facto, subsistem os problemas nos tribunais, “um fator de rejeição”, a corrupção, que considera Medina Carreira, “não se dá por ela como em Espanha, mas é preocupante”, mas também o regime laboral, que provavelmente ainda não é muito atraente.
Além disso, referiu, por fim, o facto da preparação técnica dos trabalhadores. Neste âmbito, diz Medina Carreira que “o nosso problema não é ter licenciados a mais ou a menos. Temos licenciados que a nossa economia não absorve”, mas “o grande mal é que não temos na posição intermédia não temos nada”, refere, concluindo que “temos gente que não tem nada que fazer, porque não há economia para eles”.
“É este conjunto de pequenas coisas que os empresários chegam cá e vão embora”, resume, acrescentando que o problema é “que este Governo está no seu quarto ano, quando vier outro muda isto tudo. (…) As coisas arrastam-se anos e não fazemos nada para simplificar” a burocracia.
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