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Washington e Londres coordenam resposta contra ciberataques

O Presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em visita a Washington, divulgaram hoje que os serviços de informação dos dois países vão formar uma célula conjunta para coordenar uma resposta contra ciberataques.

Washington e Londres coordenam resposta contra ciberataques
Notícias ao Minuto

22:33 - 16/01/15 por Lusa

Tech Informática

Washington e Londres vão igualmente desenvolver "exercícios conjuntos de cibersegurança e defesa de redes", estando o primeiro exercício, centrado no sector financeiro, agendado para 2016, anunciou a Casa Branca, num comunicado, após o encontro entre Obama e Cameron.

"Dado o urgente e crescente perigo dos ciberataques, decidimos ampliar a nossa cooperação em cibersegurança para proteger as nossas infraestruturas mais críticas, os nossos negócios e a privacidade dos nossos povos", disse Obama, numa conferência de imprensa conjunta com o líder britânico, na Casa Branca.

Cameron também concordou sobre a necessidade de criar uma estrutura conjunta para "proteger melhor" as pessoas dos ciberataques, recordando os recentes ataques contra a Sony, atribuído à Coreia do Norte, e o comando militar norte-americano para o Médio Oriente (Centcom), reivindicado por um grupo de piratas informáticos alegadamente ligado ao Estado Islâmico (EI).

Ainda em declarações aos jornalistas, os dois líderes abordaram vários assuntos internacionais, como foi o caso dos ataques em França, da situação na Ucrânia e das negociações sobre o programa nuclear do Irão.

Obama prometeu que os Estados Unidos e o Reino Unido vão ajudar a França a garantir que exista justiça após os ataques da semana passada, que fizeram 17 mortos.

"Eu sei que David [Cameron] se junta a mim quando digo que vamos continuar a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar a França a ter justiça e que os nossos países vão trabalhar juntos, sem obstáculos, para prevenir ataques e desmantelar redes terroristas", disse Obama.

O líder norte-americano apelou ainda para uma melhor integração das comunidades muçulmanas na Europa.

"A nossa principal vantagem é que a nossa população muçulmana sente-se americana (...) Existem regiões na Europa onde isso não acontece. É provavelmente o maior perigo que a Europa enfrenta", referiu Obama, acrescentando que a resposta da Europa aos problemas de integração não deve ser baseada unicamente na força.

Sobre a crise na Ucrânia, os dois governantes afirmaram que apoiam a necessidade de manter em vigor sanções "fortes" contra a Rússia, pedindo a unidade da comunidade internacional nesta matéria.

"Estamos de acordo sobre a necessidade de manter sanções fortes contra a Rússia. A comunidade internacional tem de permanecer unida neste assunto", disse Obama.

Por sua vez, Cameron afirmou que "a Rússia escolheu violar a soberania de um Estado".

"Isso ameaça a nossa estabilidade e prosperidade. (...) É por isso que vamos continuar a exercer pressão sobre a Rússia, de forma a resolver esta crise diplomaticamente", acrescentou o primeiro-ministro britânico.

Obama e Cameron também falaram sobre o Irão, advertindo que as negociações nucleares com Teerão podem provavelmente fracassar se existirem novas sanções contra o regime iraniano.

"A probabilidade de um fracasso das negociações é muito alta", disse Obama.

O Presidente norte-americano pediu ainda ao Congresso norte-americano para ser paciente sobre esta matéria, admitindo que poderá recorrer ao veto presidencial caso exista uma aprovação de novas sanções.

"Continuamos absolutamente empenhados em garantir que o Irão não desenvolva uma arma nuclear", afirmou Cameron.

"A melhor maneira de conseguir isso é criar um espaço para que as negociações tenham sucesso. Não devemos agora impor novas sanções", concluiu.

As grandes potências ocidentais e o Irão estão em pleno processo negocial e têm até ao próximo dia 01 de julho para alcançar um acordo sobre o dossiê nuclear iraniano.

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