Estão as redes sociais a mudar a forma como olhamos o corpo?
As redes sociais são autênticas montras. As vidas são expostas das mais variadas formas e quem acaba por se destacar é o corpo. As fotografias partilhadas são mote de análise promiscua por parte de todos e podem mesmo alterar a forma como as pessoas vêm o corpo, principalmente o próprio, conta a BBC.
© Reuters
Tech Aparência
A BBC dá a conhecer a história de Kelsey Hibber, uma britânica que viu o seu corpo ser alvo de chacota quando aderiu às redes sociais. Se a sua altura e as suas curvas sempre passaram despercebidas, num ápice tornaram-se alvo de análise e crítica. Bastou entrarem no mundo virtual.
Os comentários e defeitos apontados nas redes socias passaram a ser tantos e tão frequentes que Kelsey começou a olhar para o corpo de forma diferente. Começou a notar e dar atenção a pequenos defeitos que sempre teve mas que nunca reparou. Começou a querer mudar, a querer ser como ‘elas’.
Das sobrancelhas ao tamanho da testa, Kelsey reparava em cada pormenor seu. Sofreu bullying entre os 11 e 16 anos, uma experiência que ela descreve como "horrível". "Era sempre sobre o meu corpo e a minha aparência”, contou à BBC.
Primeiro foi a cor de cabelo a mudar, depois o tamanho da roupa: a jovem deixou de comer apenas para encaixar nos padrões que as redes sociais exigiam. A beleza imposta no mundo virtual quase a levou ao limite mas agora Kelsey quer levar o seu exemplo a outras jovens.
Aos 20 anos ajuda os adolescentes a não caírem na tentação da perfeição virtual e da exposição desnecessária. No Reino Unido, algumas escolas têm aulas obrigatórias de autoestima e imagem corporal onde aprendem a olhar de forma natural para as diferenças de cada um.
A preocupação com a aparência é cada vez mais precoce no Reino Unido. Um estudo parlamentar constatou que, aos cinco anos, as crianças já se preocupam com o peso. Além do mais, a taxa de cirurgias plásticas aumentou 20% desde 2008.
"Quanto mais tempo se passa no Facebook, maior a probabilidade das pessoas se verem como objetos", disse à BBC Phillippa Diedrichs, do Centro para Pesquisa em Aparência da Universidade do Oeste.
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