Passos, o discurso "patético" e a "desonestidade intelectual"
Críticas ao primeiro-ministro são feitas, esta sexta-feira, por Pedro Silva Pereira.
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Política Silva Pereira
A entrevista de Pedro Passos Coelho à SIC é alvo de crítica por parte do antigo ministro socialista Pedro Silva Pereira.
O ex-governante do Executivo de José Sócrates acusa o primeiro-ministro de ter tido um discurso que “chegou a ser patético” relativamente à questão grega, afirmando que “o nosso excelentíssimo primeiro-ministro que esteve lá [reunião dos líderes europeus] viu tudo ao contrário de toda a gente”, referindo-se à “total ‘unanimidade’ e profunda ‘generosidade’” para com o povo grego garantida por Passos Coelho.
Relativamente aos números do desemprego, Silva Pereira considera que “Passos andou perto da desonestidade intelectual”.
“Atribuiu o aumento do desemprego nesse período ao ‘modelo de desenvolvimento económico socialista’, omitindo a redução do desemprego verificada entre 2005 e meados de 2008 e ignorando, ostensivamente a crise financeira internacional”, escreve.
Sobre a “conversa dos défices de 2010 e 2011”, Pedro Silva Pereira diz que houve “uma tentativa esfarrapada de justificar a austeridade ‘além da troika’ com as contas alegadamente ‘mal feitas’ do memorando inicial”.
Concluindo, o antigo ministro socrático escreve que Pedro Passos Coelho “acabou a sua entrevista à SIC com chave de ouro, prometendo acabar com as medidas de austeridade e até esboçando uma vaga intenção de ‘combater as desigualdades’”.
No entanto, escreve, quando a jornalista lhe perguntou como é que o primeiro-ministro “conciliava isso com a decisão já anunciada pelo Governo de cortar ainda mais 600 milhões de euros nas pensões de reforma” da resposta de Passos “infelizmente não se percebeu nada”.
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