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"Povo continua sem saber em quem pode acreditar"

O deputado socialista Jorge Lacão fala esta quarta-feira, no seu espaço de opinião no Diário de Notícias sobre a controvérsia dentro do Partido Socialista, alegando que António José Seguro falhou ao tentar apagar o passado governativo recente, permitindo ataques da direita e da esquerda que responsabilizaram o governo de Sócrates pelo descalabro das contas públicas.

"Povo continua sem saber em quem pode acreditar"
Notícias ao Minuto

09:27 - 11/06/14 por Notícias Ao Minuto

Política Jorge Lacão

“Foi ou não o Governo do PS o responsável pelo suposto despesismo que fez abater sobre as pessoas as políticas de austeridade? Se foi, o novo líder do PS há muito teria de o ter reconhecido para justificar a pureza do novo ciclo. Se não o foi, do líder do PS se esperaria que fosse o primeiro a desconstruir as campanhas de detração contra o PS”, afirma hoje Jorge Lacão na sua crónica no Diário de Notícias para justificar o insucesso político de António José Seguro.

Para o deputado socialista, o povo português está, de certa forma, perdido, sabendo apenas que rejeita a linha política até aqui seguida pelo Governo de Passos Coelho, porém não identificando alternativa política para a mesma.

“O povo, porém, não viu uma coisa nem outra. E se já sabe em qume não pode confiar, continua sem saber em que pode acreditar para lhe dizer a verdade sobre as possibilidades do seu futuro”, afirma Lacão, acrescentando que o Partido Socialista encarou as eleições europeias, realizadas no fim de maio, como um prólogo para as legislativas, tendo aí falhado.

Sobre a solução proposta por Seguro para a crise aberta entre socialistas após o anuncio da disponibilidade de António Costa para assumir a liderança rosa, Lacão diz gostar da solução de primárias e de uma maior abertura dos partidos políticos à participação dos cidadãos, porém questiona o timing do escolhido.

“Reformas de tal natureza [eleições primárias] não têm qualquer viabilidade em período terminal de legislatura, sobretudo quando os problemas prementes da governação implicam um quadro de prioridades cujo enfrentamento exige a estabilidade das regras de procedimentos e não se acrescentem mais fatores de controvérsia às variáveis de decisão política”, atira o deputado do partido do Largo do Rato.

Por fim, sem adiantar sobre quem gostaria de ver a chefiar o seu partido, Jorge Lacão afirma que os portugueses já sabem, “nem que seja intuitivamente”, em quem podem confiar, preferindo agora que se enverede por uma “certa e velha maneira de fazer política – a da clareza das ideias, a da autenticidade das atitudes e a da responsabilidade dos procedimentos”.

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