PS defende melhoria dos salários dos trabalhadores do MNE no exterior
O líder dos deputados socialistas para as questões da emigração, Paulo Pisco, reconheceu hoje que a inflação e as variações cambiais têm provocado distorção dos salários dos trabalhadores do Ministério dos Negócios Estrangeiros no exterior, defendendo a sua melhoria.
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Política Ministério dos Negócios Estrangeiros
Paulo Pisco falava à agência Lusa a propósito da apresentação, discussão e votação do parecer sobre o projeto de lei do Bloco de Esquerda sobre a valorização salarial dos trabalhadores dos serviços periféricos externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), de que foi relator.
O deputado disse que, basicamente, o BE pretende que "sejam publicadas as tabelas remuneratórias revistas e que sejam fixados os critérios para o cálculo par os salários em função da inflação e que a questão associada ao novo mecanismo de conversão cambial possa também ser aplicada".
"São questões às quais nós somos sensíveis. Quer a inflação, por um lado, e as variações cambiais têm provocado distorção nos salários dos funcionários consulares", adiantou.
O deputado socialista recordou que estão a decorrer negociações entre o Governo e os representantes destes trabalhadores e que alguns passos já foram dados.
As negociações começaram em setembro e "já houve resultados em relação a isso", exemplificando com os salários no Brasil, que implicou a reposição de 50% dos salários, com retroativos a janeiro de 2022.
"Há acordo em relação ao mecanismo de correção cambial" e "relativamente à grande maioria dos valores para as reposições remuneratórias, que são feitas por país".
Segundo Paulo Pisco, ainda decorrem negociações e "estão a ser ponderadas as carreiras dos diferentes setores, de uma forma mais transversal, para haver um equilíbrio dentro da própria administração".
"O que era de facto relevante é que estas reuniões pudessem correr a bom ritmo, que houvesse uma aproximação de posições entre o Governo e os representantes dos funcionários consulares", porque a sua situação, "por causa da inflação e das variações cambiais, exige uma intervenção", defendeu.
Tendo em conta as negociações em curso, Paulo Pisco indicou que o PS não poderá aprovar este projeto de lei do Bloco de Esquerda: "É preciso deixar a negociação correr", disse.
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